"PAÍS RICO É PAÍS SEM POBREZA!"
Já faz certo tempo ( e ainda não me havia sobrado tempo para tal) que eu pretendia colocar nas minhas letras uma sensação que deve ser a da maioria minoritária dos brasileiros algo "inclusos socialmente": nossa economia dá sinais explícitos de extremo sufoco, e não falo aqui das ciências dos compêndios não, dela eu não entendo, mas falo como brasileira do dia- a- dia que sente que o nosso dinheiro sumiu só ao andar pelos supermercados!
Sumiu dos salários, dos honorários, das prateleiras de consumo, sumiu dos "shoppings", sumiu dos bancos, só não sumiu dos impostos, apesar de tentarem nos convencer que a carga tributária caiu...ao menos no que tange à cesta básica.Somos uma sociedade basicamente tocada no básico, aonde basicamente falta tudo, e o que mais nos falta é caro demais: consciência de cidadania.
Final de Abril, e a classe média tem mais uma olímpica tarefa financeira: a de honrar seus compromissos com o país a fazer o ajuste anual com a Receita Federal e rezar muito para sobrar um troco do salário para sobreviver. É o trivial da maioria que trabalha.
Sobreviver no caso seria viver "por sobre" todas as dificuldades sociais de quem ainda agradece por estar empregado, a deduzir que pagar impostos sobre o trabalho possa ser, hoje em dia, um índice pessoal, fidedigno e incontestável de "riqueza", embora a tributação já considere rico quem ganhe quatro salários mínimos ao mês. Lembrei duma frase lá da infância:"ganhado não é roubado!" Político paga imposto? Qual seria a base para os cálculos do imposto dos políticos? Ah, deixa pra lá, ninguém saberia responder!
Alguém poderia dizer: "mas o problema econômico é mundial!".
Sim, mas até as comparações dos "problemas autóctones" depende do referencial da linha de base do que definimos como riqueza ou pobreza dum povo. Por exemplo, "país rico é país sem pobreza", essa verdade de efeito é verdadeiramente pleonástica, todavia eu já entendo e sinto diferente: que país rico é país educado, país não manipulado, país bem pensado, país bem comandado, país cuidado, país priorizado, país respeitado, país levado a sério, não país maquiado,enfim, entendo que um país rico se mede por medidas algo imensuráveis mas de grande impacto simplesmente na nossa social qualidade de vida.
País rico a gente o sente ao andar pelas calçadas...
As desculpas para a nossa desaceleração econômica e social são mundiais, claro, país algum é uma ilha, mas as constatações da nossa "pobreza emergente" está nas atuais relações sociais e de consumo até das feiras livres! Pessoas já compram alimentos em grupos para baratearem os custos da alimentação.Alarmante.
Para quem se considerava há tempos atrás o "celeiro dum mundo que já chegou", hoje pagamos muito caro pelos produtos genuínos da nossa terra.Afora o mundo que anda embargando nossos produtos com medo de doenças...aliás, é doença pra todo lado com "bichos" cada vez mais resistentes. Até nossos "porquinhos" foram embargados pela Europa!"
Os agricultores, por exemplo, fenecem em vários campos agrícolas.
Afora a nossa nova modalidade de tomate, "TOMATE-OURO", um organismo "economicamente modificado", nem os "coelhos" conseguem pagar pelo preço da sua idolatrada cenourinha, desistiram dela diante do resultado desastroso da venda dos seus ovos na última Páscoa.
E figurativamente coelhos...simbolizam a fertilização da prosperidade.
De fato, aqui crescemos só em números... sem qualidade.
Observei um fenômeno curioso nessa Páscoa passada: tem uma chocolateria famosa espalhada aqui e por todo o país, todo mundo conhece, que no "Sábado de Aleluia" estava com sua prateleira lotada de ovos de Páscoa. Não venderam nada. Nunca tinha visto nada igual!
Sobraram muito deles nas vitrines, mas sempre a preços estratosféricos acima de chocolate ao bom leite suíço!
O dinheiro sumiu! Será que os coelhos não perceberam a tempo de liquidar seus ovos?
Ainda bem que chocolate é "reciclável"...e os preços também são.
Ontem, só para "molhar o bico", por um biscoitinho de 40g dessa chocolateria paguei seis reais, sem o cafezinho!- num shopping que preocupantemente estava "às moscas", sempre com liquidações de setenta por cento em tudo...e com tudo ainda muito caro.
Paguei meus seis reias com cartão de crédito só para valorizar o impacto ilustrativo da minha compra.
Enfim, vamos a luta!
Ao menos comemoramos com entusiasmo a reforma do MARACANÃ!
E como ficou bonito, não? Foi gol olímpico de primeiro mundo, em record de tempo, sem dúvida alguma! Mas eu não disse que o nosso dinheiro havia sumido? Acho que me enganei...
Tudo como a FIFA queria. Somos um exemplo fidedigno de que quem cuida dos nosso país não somos nós não...mas obedecemos direitinho.
Avante Brasil, porque ainda urgenciamos por muitos goooools!
Os prioritários gols para se fazer do Brasil um país rico de verdade.
Ou então teremos que rever urgentemente nossos equivocados conceitos de riqueza e de pobreza...