Unidos pela reconstrução !!!

Nos últimos quinze dias, várias operações das Polícias Civil e Militar em parceria com o MPE (Ministério Público Estadual) e o Judiciário desmontaram quatro grandes quadrilhas no Tocantins: (1) a máfia dos hackers no norte do Estado, (2) a máfia do tráfico de mulheres, (3) a máfia da madeira, e (4) a máfia do tráfico de drogas.

Esse importante trabalho mostra que as Polícias Civil e Militar de nosso Estado estão realmente preparadas para enfrentar os criminosos, independente da área em que estejam atuando. Hoje, o quadro das Polícias do Tocantins conta com um grande número de policiais extremamente capacitados. Nos últimos concursos para Soldado da PM e para Agente da Civil, a grande maioria dos aprovados era composta de universitários, de graduados e até mesmo de pós-graduados. Isso tudo, associado à ótima remuneração que recebem (o salário no Tocantins é um dos melhores do país), e às boas condições de trabalho, proporcionaram os resultados que temos visto recentemente.

O senso comum nos diz que um funcionário público capacitado e bem remunerado não vai se interessar por esquemas e atos ilícitos. Mas como nós podemos explicar então o caso dos escândalos recentes envolvendo o NATURATINS e o IBAMA???

Numa situação dessas nunca é bom generalizar nada, pois nós estamos ainda no desenrolar dos primeiros acontecimentos. Mas nos casos específicos do IBAMA e do NATURATINS tudo parece direcionar para um único caminho. A grande maioria das pessoas citadas nas denúncias, queixas e reclamações têm ligação com políticos ou partidos políticos. Na verdade, todos eles estavam ou ainda estão ocupando os cargos por indicação de políticos influentes.

Eu não estou aqui querendo ir contra todas as pessoas que ocupam cargos de confiança, pois a existência de tais cargos é uma prerrogativa baseada em atos normativos (Leis, Decretos, etc.). O que estou querendo dizer é que se um político tem interesse em contribuir para que uma instituição realmente funcione, ele deve, preferencialmente, indicar uma pessoa de dentro do próprio órgão para ocupar o cargo de chefia. Mas, também quero deixar claro que para ocupar um cargo de chefia não basta apenas ser concursado ou de carreira específica daquela instituição, pois, além disso, é preciso que tenha uma série de outras características, tais como: experiência, idoneidade e respeito pelos colegas.

Muitas pessoas acham que essa grande crise manchou a imagem dos órgãos ambientais, mas na verdade o Tocantins todo foi quem perdeu com isso. Enquanto o restante do planeta está voltado para a proteção dos recursos naturais, nós ficamos marcados como o Estado que se une aos predadores e destruidores da natureza.

E é por isso que eu quero relembrar a todos que, de agora em diante, nós temos uma grande missão a ser cumprida. Toda a sociedade tocantinense deve se unir para corrigir esse grande erro. Todos juntos, de mãos dadas, devemos resgatar a credibilidade dessas duas instituições de meio ambiente.

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Publicado no Jornal Cocktail, edição n. 1342, p. 02, de 31/03/2007. Gurupi – Estado do Tocantins.

Giovanni Salera Júnior

E-mail: salerajunior@yahoo.com.br

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Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior

Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 25/03/2007
Reeditado em 26/11/2011
Código do texto: T425166
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