IDA A PETRÓPOLIS
 

 
Fui de ônibus. Venci as dificuldades e a vontade de não ir, mas fui. Cheguei ao Terminal no Bingen. Com pouco dinheiro na bolsa, peguei outro ônibus conhecido como "o 100 ". Gratuito para os prioritários e liga o Terminal ao centro da cidade.

Algo bonito aconteceu. O trajeto nesta primeira rua ladeando o rio estava bonito, coisa que nunca reparara enquanto em Petrópolis morei, e inclusive pouco ou nada eu frequentava este lado da cidade.

O olhar repousava lá fora da janela, olhando e vendo. Sem nada pensar. Fui surpreendida  por  alegria interior, em sentimento de emoção espontânea, não pensada, foi acontecendo ao entrar pelas ruas de Petrópolis.
Tudo pareceu tão bonito!


E, como no cemitério estão todos os meus, numa mesma sepultura com os nomes de cada um, Petrópolis  tinha só um lugar com o meu carinho, que é esta pequena área de terra  petropolitana que guarda os restos dos meus entes queridos. Coisa que não gosto de lembrar e lá nem ir.

Mas nascia em mim uma alegria aumentando, ocupando espaço amplo no meu corpo, e eu não entendia o significado. Não sei se foi a superação de ir e ter conseguido, ou se um anjo da guarda me surpreendeu, dando-me tal bem.

Mas, maravilhoso, mais que surpreendente.

A rua lá fora, seguindo o curso do rio em curvas, e as casas bem cuidadas com jardins verdinhos gramados e sendo aparados e, o mais lindo, muitas roseiras cor de rosa acompanhando o formato das ruas. Tudo cor de rosa, lindo, e uma casa tinha hortênsias na mesma tonalidade! Assim foi até a Praça da Liberdade.
No Centro, a avenida estava caprichada e com amplas calçadas e com bancos  de costas para a rua, próximos ao meio fio, para os passantes descansarem.

Tudo pareceu bonito!