A INDIFERENÇA DOS BONS

Recentemente estive lendo parte de um discurso de Martin Luther King, em que este admirável homem diz : “ O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons!”

De fato, se observarmos o comportamento do homem através dos tempos, vamos notar que aqueles considerados fora dos padrões que poderiam caracterizar um homem de bem, são os mais determinados, os mais arrojados, os que lideram de uma maneira geral ( façamos justiça, porém, às grandiosas e honrosas exceções ) e os que ditam as regras. Muitos destes homens detêm o poder de legislar, outros, de julgar e outros ainda, de comandar.

Por outro lado, aqueles que são considerados “bons”, estão “em cima do muro”, têm muitas dúvidas e se conformam facilmente com as adversidades, vestindo a capa de coitadinhos e se apresentando como vítimas!

Estamos aqui considerando lados opostos, duas margens da estrada da vida, que poderíamos chamar de o Bem e o Mal. Ocorre que dificilmente encontramos o equilíbrio, poucos conseguem andar no meio desta estrada.

Aí me vem à memória uma oração de São Francisco de Assis, que é, a meu ver, uma bela proposta de vida. Nesta prece, São Francisco pede ao Criador que lhe dê resignação para aceitar o que não pode mudar, coragem para mudar aquilo que pode e sabedoria para distinguir uma coisa da outra.

Assim, podemos concluir que se resignar diante do que se pode modificar é covardia e tentar mudar o que não se pode mudar é loucura. Precisamos de sabedoria!!