CRÔNICA – O país da canalhice
CRÔNICA – O país da canalhice – 17.04.2013
Não posso acreditar no que estou vendo. Um deputado federal cassado, por corrupção, ex-ministro defenestrado do cargo, condenado a pena de prisão em regime fechado no julgamento do “mensalão”, continua em pleno gozo de direitos políticos neste arremedo de país.
Amigo da presidente Dilma Rousseff, autoridade que deveria servir de ponto de equilíbrio para evitar arroubos de poder desse seu companheiro de guerrilhas, não está nem se lixando com a situação, certamente com a ideia fixa de que não irá cumprir pena alguma. E aí joga por terra todo o trabalho do Supremo Tribunal Federal, um organismo vivo, que é o guardião da nossa lei maior, que é a Constituição de 1988, apelidada de cidadã. Penso, com meus botões, que a grande corte já fora desmoralizada e muito por membros do PT, deputados, senadores e até gente sem expressão, isso a partir do momento em que foram solidários a esse super-homem do mal.
No frigir dos ovos, e ainda podendo os condenados apresentar recursos das decisões de última instância, que considero particularmente um verdadeiro absurdo, o que vai ocorrer é a revisão das penalidades impostas, a ponto de reduzi-las a um patamar ínfimo, dando chance a que os condenados passem a cumpri-las em regime aberto, prisão domiciliar ou até mesmo absolvição, prêmios que para os do governo seriam por demais merecidos.
Um detalhe me alerta sobre essas despesas de deslocamento dessa autoridade, que ontem estava sendo homenageada na cidade de Caruaru, aqui no agreste pernambucano. Mas não é só com ele, tem a comitiva toda, as bajuladoras e os solidários da tomada do poder à força que esse senhor tentou fazê-lo, juntamente com camaradas, que à época chegaram a assaltar bancos, roubar a casa do governador Adhemar de Barros, de São Paulo, sequestrar autoridade estrangeira e mais meia dúzia de crimes que nem valem a pena lembrar. E sabem o que ele está fazendo: Simplesmente gozando da cara do governador Eduardo Campos, "Perrnambuco pode fazer muito mais".
Com a palavra os promotores públicos, a procuradoria geral da república e os célebres membros do STF. Vale lembrar que se esses crimes todos fossem cometidos num país civilizado muita gente estaria dentro das grades, no xilindró, quero dizer.
Fico por aqui.
Meu abraço
Ansilgus.