PEQUENAS MORTES
Nas brumas da inconsciência mergulha a mente, enquanto o corpo deita o cansaço e se refaz. Pequena morte vital para a matéria, liberdade para o espírito. Pequena morte, o sono alimenta o físico e a alma. Enquanto o corpo revigora o fluído vital tão necessário para a jornada do dia seguinte, o espírito aproveita que a guarda baixou e escapa sorrateiro para outras esferas do viver. Dessas vivências o sonho traz lembranças, acalentando a esperança e revitalizando os planos feitos. Essas pequenas mortes nos tiram momentaneamente do físico e nos dão um vislumbre da alma. Cada morte noturna nos dá uma pequena mostra da liberdade do ser quando no Plano espiritual. E o livre arbítrio, responsável por nossos atos na vida física, nos acompanha nessas escapadelas do sono e nos direciona na busca dos nossos afins. Enquanto o corpo descansa nessa pequena morte, estamos, mais vivos do que nunca, exercendo nossa vontade, buscando paisagens que iluminam a alma ou em queda junto aos viciosos e ignorantes que enxameiam o mundo astral. Nosso pensamento é um ímã que atrai o bem ou o mal. Se assim é quando acordados, assim o é quando parcialmente libertos pelo sono. A prova disso são as sensações físicas e mentais que nos assaltam ao abrirmos os olhos pela manhã. Alegrias ou tristezas, revigorados ou cansados, calmos ou agitados... são sensações que trazemos ao retornar dessas pequenas mortes diárias.