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GELEIA DE IDEIAS AVULSAS
Primeiro, divirjo de mim mesmo em uma enormidade de pontos de vista. Mormente discordo, às vezes, a investir na teimosia, por ser – como todo humano – ilógico e contraditório.
Já veem, por aí, que sou vulnerável muito mais à condução de erros, como todo mundo, ao tentar ser normativo e cheio de pretensão em distribuir regras sobre o que nem conheço. Mas vamos à minha geleia de ideias avulsas?
Pelo menos, pondo finca-pé na teimosia, levo alguma vantagem em poder submeter-me à autocrítica. E, sobretudo, em poder criticar também, no bom sentido. Aliás, há tempos que ando sem me fazer boa autocrítica. Bom, no entanto, é que me firme neste ponto de vista: não sou dos que advogam «o quanto pior, melhor», tampouco nasci para ser a palmatória do mundo.
Em segundo lugar, discordo dos muito mandões, dos muito egocêntricos, dos muito poderosos e dos donos das verdades absolutas. Estes quatro calhordas não se curvam nunca à análise de si, menos ainda ao princípio socrático do «conhece-te a ti mesmo». Também quisera eu saber gerir este preceito, só para mim, que nele montaria residência.
Divirjo de ter que aturar coisas gritantemente às avessas, nas administrações dos três poderes. Mas, como coisas pétreas, elas estão aí e passam a acontecer infinitamente, num crescendo sempre. E tudo no maior descaramento das ovelhas ditas «autoridades».
Descendo o morro das minhas ideias mais corriqueiras e pragmáticas, fico rubro ao ouvir – sem que deem uma solução – as populações inteiras a clamar por justiça, com a Justiça se fazendo de surda-muda, alegando leis obsoletas, apenas referendando as mil e uma maneiras de chicanas, velhacarias judiciais, além das mais grosseiras impunidades.
Ora, pitangas, e que macacos me mordam!... As leis do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça não estão mais servindo para nada? Então cortem as leis. Apertem o Congresso Nacional e lhe deem um prazo finito para que ele mude as leis. Ficar malhando em folha de flandres ruim é que não dá boa ferradura.
Divirjo, e acredito que vocês todos, aí, também, antes de tudo, dos votos muito mal dados aos poderes legislativos federal, estaduais e municipais. É uma desgraça nacional alimentar bancadas inteiras de patifes e parasitas, com honrosas exceções, por meio eletivo, vitaliciamente. Delegar-lhes poderes durante toda a vida? De jeito nenhum. E ainda mais com o velho e surrado séquito do nepotismo, aquelas generalizadas «igrejinhas da família» na panela intocável da política do compadrio.
O prefeito fulano de tal, pai do vereador tal, é filho de deputado tal, que é genro do senador sicrano de tal, cunhado da deputada tal, et cetera e tal, de norte a sul do País, tudo igual, igual. Ou não apreciaram as rimas?
Enfim, divirjo de, aqui, reproduzindo o vozerio rouco das populações, ficar enumerando um rol de obviedades, erros crassos que todos veem e sabem de cor e salteado. Por exemplo, que «a polícia prende e a Justiça solta». Ah, já não aguento ouvir isto. Esta é a lamúria de delegados, promotores, imprensa, autoridades civis e militares. E o povo também a puxar a mesma corneta.
Mas se a Justiça solta facilmente qualquer pilantra de crime hediondo, ou assassino frio de dezessete anos, é por alguma razão ou por enorme quantidade de desmazelos na letra ultrapassada, morta e inócua dos códigos civil e penal deste País. E cadê os legisladores, «em berço esplêndido»?
Discordo, e discordo mesmo, da presidenta da República que diverge da redução da idade penal. Marmanjões de dezesseis anos para cima sabem direitinho fazer a distinção da cor preta e da branca, assim como sabem discernir bem demais o bem do mal, o lícito e a coisa errada. Ora, acobertados por um Código do Menor e do Adolescente esdrúxulo e paternalista, também assim!...
Em casa, não tenho um só CD dessas duplas ditas sertanejas – que de sertão nada têm nem sabem – e se tivesse algum disquinho desses caubóis seria para nem ouvi-los, de jeito nenhum. Mas me curvo, aqui e agora, ao que ouvi do cantor Zezé de Camargo, perante a mudez dos «depufedes» e senadores da nossa briosa República brasileira.
Por um mero acaso, ouvi o Zezé, ao telefone, na tevê. No programa do Datena, na Band, e para surpresa minha, o rapaz falou com bastante aprumo contra a impunidade e externou pareceres que não são ouvidos da boca de tampinhas parlamentares. No fim, ainda concitou o Datena para, juntos, fazerem uma cruzada contra a impunidade. E bom que o apresentador topou o desafio.
Em vez dos Tiriricas, dos Romários e pastores homofóbicos e racistas, em vez de corruptos e não sei mais quantas centenas de fedelhos filhinhos de papais políticos, amoitados na vida pública, o que o povão de São Paulo devia fazer, no próximo pleito, era retirar dos palcos o Zezé. Lá, no programa da tevê, o irmão do Luciano deu show de verbo, gastou bonito o seu latim. Expressou-se com uma fluência e um acerto no ideário de fazer gosto.
Pronto, xeretei?!... Mesmo sem lhe comprar um disco, acabo de lançar a candidatura do cantor Zezé de Camargo, para que ele faça bonito, também, na política nacional. Melhor do que já o faz nos palcos. Eles, «sertanejos», têm canções em algumas das faixas tão lindas! Mas não lhes compro discos.
Paula Fernandes, menina, não aceite a pecha imprópria de «cantora sertaneja», não. Você é linda, até cantando. E, pelo que disse o Zezé, na Band, eu, estando com o título eleitoral à mão, nem pestanejaria: meu sufrágio, bem votado e metido na urna, iria para o gajo. Demonstrou ser lido, ter conhecimentos. E não uma porta silenciosa, como tantos políticos e tampinhas de carreira. Um cara que achei ser «o cara».
Já veem, por aí, que sou vulnerável muito mais à condução de erros, como todo mundo, ao tentar ser normativo e cheio de pretensão em distribuir regras sobre o que nem conheço. Mas vamos à minha geleia de ideias avulsas?
Pelo menos, pondo finca-pé na teimosia, levo alguma vantagem em poder submeter-me à autocrítica. E, sobretudo, em poder criticar também, no bom sentido. Aliás, há tempos que ando sem me fazer boa autocrítica. Bom, no entanto, é que me firme neste ponto de vista: não sou dos que advogam «o quanto pior, melhor», tampouco nasci para ser a palmatória do mundo.
Em segundo lugar, discordo dos muito mandões, dos muito egocêntricos, dos muito poderosos e dos donos das verdades absolutas. Estes quatro calhordas não se curvam nunca à análise de si, menos ainda ao princípio socrático do «conhece-te a ti mesmo». Também quisera eu saber gerir este preceito, só para mim, que nele montaria residência.
Divirjo de ter que aturar coisas gritantemente às avessas, nas administrações dos três poderes. Mas, como coisas pétreas, elas estão aí e passam a acontecer infinitamente, num crescendo sempre. E tudo no maior descaramento das ovelhas ditas «autoridades».
Descendo o morro das minhas ideias mais corriqueiras e pragmáticas, fico rubro ao ouvir – sem que deem uma solução – as populações inteiras a clamar por justiça, com a Justiça se fazendo de surda-muda, alegando leis obsoletas, apenas referendando as mil e uma maneiras de chicanas, velhacarias judiciais, além das mais grosseiras impunidades.
Ora, pitangas, e que macacos me mordam!... As leis do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça não estão mais servindo para nada? Então cortem as leis. Apertem o Congresso Nacional e lhe deem um prazo finito para que ele mude as leis. Ficar malhando em folha de flandres ruim é que não dá boa ferradura.
Divirjo, e acredito que vocês todos, aí, também, antes de tudo, dos votos muito mal dados aos poderes legislativos federal, estaduais e municipais. É uma desgraça nacional alimentar bancadas inteiras de patifes e parasitas, com honrosas exceções, por meio eletivo, vitaliciamente. Delegar-lhes poderes durante toda a vida? De jeito nenhum. E ainda mais com o velho e surrado séquito do nepotismo, aquelas generalizadas «igrejinhas da família» na panela intocável da política do compadrio.
O prefeito fulano de tal, pai do vereador tal, é filho de deputado tal, que é genro do senador sicrano de tal, cunhado da deputada tal, et cetera e tal, de norte a sul do País, tudo igual, igual. Ou não apreciaram as rimas?
Enfim, divirjo de, aqui, reproduzindo o vozerio rouco das populações, ficar enumerando um rol de obviedades, erros crassos que todos veem e sabem de cor e salteado. Por exemplo, que «a polícia prende e a Justiça solta». Ah, já não aguento ouvir isto. Esta é a lamúria de delegados, promotores, imprensa, autoridades civis e militares. E o povo também a puxar a mesma corneta.
Mas se a Justiça solta facilmente qualquer pilantra de crime hediondo, ou assassino frio de dezessete anos, é por alguma razão ou por enorme quantidade de desmazelos na letra ultrapassada, morta e inócua dos códigos civil e penal deste País. E cadê os legisladores, «em berço esplêndido»?
Discordo, e discordo mesmo, da presidenta da República que diverge da redução da idade penal. Marmanjões de dezesseis anos para cima sabem direitinho fazer a distinção da cor preta e da branca, assim como sabem discernir bem demais o bem do mal, o lícito e a coisa errada. Ora, acobertados por um Código do Menor e do Adolescente esdrúxulo e paternalista, também assim!...
Em casa, não tenho um só CD dessas duplas ditas sertanejas – que de sertão nada têm nem sabem – e se tivesse algum disquinho desses caubóis seria para nem ouvi-los, de jeito nenhum. Mas me curvo, aqui e agora, ao que ouvi do cantor Zezé de Camargo, perante a mudez dos «depufedes» e senadores da nossa briosa República brasileira.
Por um mero acaso, ouvi o Zezé, ao telefone, na tevê. No programa do Datena, na Band, e para surpresa minha, o rapaz falou com bastante aprumo contra a impunidade e externou pareceres que não são ouvidos da boca de tampinhas parlamentares. No fim, ainda concitou o Datena para, juntos, fazerem uma cruzada contra a impunidade. E bom que o apresentador topou o desafio.
Em vez dos Tiriricas, dos Romários e pastores homofóbicos e racistas, em vez de corruptos e não sei mais quantas centenas de fedelhos filhinhos de papais políticos, amoitados na vida pública, o que o povão de São Paulo devia fazer, no próximo pleito, era retirar dos palcos o Zezé. Lá, no programa da tevê, o irmão do Luciano deu show de verbo, gastou bonito o seu latim. Expressou-se com uma fluência e um acerto no ideário de fazer gosto.
Pronto, xeretei?!... Mesmo sem lhe comprar um disco, acabo de lançar a candidatura do cantor Zezé de Camargo, para que ele faça bonito, também, na política nacional. Melhor do que já o faz nos palcos. Eles, «sertanejos», têm canções em algumas das faixas tão lindas! Mas não lhes compro discos.
Paula Fernandes, menina, não aceite a pecha imprópria de «cantora sertaneja», não. Você é linda, até cantando. E, pelo que disse o Zezé, na Band, eu, estando com o título eleitoral à mão, nem pestanejaria: meu sufrágio, bem votado e metido na urna, iria para o gajo. Demonstrou ser lido, ter conhecimentos. E não uma porta silenciosa, como tantos políticos e tampinhas de carreira. Um cara que achei ser «o cara».
Fort., 16/04/2013.