Motivos é que não me faltam para dar um pulinho até Salvador, na mágica e genial Bahia e ficar um bom tempo por lá .

       No inicio talvez eles estranhem   meu sotaque de mineiro e que é bem diferente do deles mas, não tenho nenhuma dúvida que vamos nos dar muito bem.

       Vou querer conversar com aquelas senhoras que estão sempre com aqueles turbantes na cabeça, alguns até bem coloridos,  provar aquele bolinho gostoso  que nunca me lembro o nome mas tenho certeza que elas vão me orientar nesse sentido.

       Aliás, quero provar várias comidas e temperos mas , por favor, que meus amigos e amigas baianas não me apresentem nada que tenha quiabo .

       Em Salvador sei que usam muito aquele azeite bem amarelo  e forte ,  as pimentas picantes que não me farão tão mal quanto uma ou duas rodelas do tal de quiabo .

      Quero ir até aquela praia que tem aquele farol vermelho e branco, passear pelo calçadão, subir e descer naquele elevador bem alto para ver melhor a beleza do mar baiano, conversar com as meninas da cor da cocada aliás, poder comer várias cocadas .

       Não sei se vou tropeçar na Ivete ou no Gil mas sei que quero conhecer e encontrar muita gente bonita. Aliás, em Salvador só tem gente bonita.

      Quero tanto fazer essa viagem que talvez até faça umas trancinhas para me enturmar com a rapaziada e aprender a tocar berimbau .

       Mas o que quero mesmo falar é de uma certa banda, uma fantástica banda que acabei de assistir por um DVD .

       O nome já é mágico, incrível e a batida deles me enfeitiçou . Fiquei vidrado com o que vi e ouvi e sinceramente, agora entendo por que não conheço nenhum baiano ou baiana que não saiba dançar e que não esteja sempre sorrindo , mesmo nas dificuldades .

       Não é difícil imaginar a dificuldade que o corpo de bombeiros da boa terra deve ter para apagar os incêndios que o Olodum provoca .

       Nunca vi ou ouvi nada igual e olha que sou muitíssimo exigente no que se refere a música . Ouvi dizer que eles costumam desfilar pelas ruas da cidade .

      Espero que seja verdade por que se me encontrar com eles, se deixarem que os acompanhe pelas ruas de Salvador, não sei se volto para minha casa .

       Só não vou esquecer minha Minas Gerais mas acho que não tem problema pois baianos e mineiros , pelo que eu saiba , sempre se deram bem .

      Com o Olodum tocando, fico simplesmente deslumbrado, quase que babando e estando perto deles com certeza vão acontecer duas coisas : primeiro é que finalmente vou entender o que significa "axé" e segundo, de um jeito ou de outro vou tentar aprender a tocar como aqueles mágicos e magistrais mestres .

       Ah sim, quando for a Bahia vou tomar cuidado para não tentar dançar  a capoeira, já que estou com um probleminha na coluna.....