ESTRADAS DO TEMPO


Eu quisera ver os campos
Iguais quando eu caminhava
Livre! Inocente! E levada
Pelos sonhos da infância!
Não! Nem no meu imaginário
Pensei ver tantas mudanças!...
Agredindo os tão ingênuos
Caminhos da minha infância.
Certeza eu tinha que um dia...
Gente grande, igual aos meus pais,
Nas arruaças do tempo
Ele me transformaria.
Sonhei tudo que permite!
Nas esticadas do tempo
Conduzir os pensamentos!
Viajei tantos caminhos
Onde ninguém tem poder
De invadir, porque na mente,
Nosso Deus não permitiu
Nenhum ser nos invadir!
E segui assim, por vezes,
Aos extremos, negligente:
Sem me dar conta que o tempo
Acelerado: podava,
Deixando em suas estradas!...
O que eu não quis ter perdido.
Eu quis voltar e buscar!...
Mas ele nunca permite
Que a estrada do passado
Esteja junto ao presente.
E nas suas arruaças!
O tempo apagou, bastante,
Cenários que eu nunca quis
Vê-los desfeitos pra sempre.
Caminhos da minha infância,
Sinto saudades demais!
De tudo que hoje não vejo.
E somente nas lembranças,
Conduzo rumo ao futuro!...
O matulão do passado
Nos passos marcados, hoje.

Poetisa Inês Nery
Enviado por Poetisa Inês Nery em 11/04/2013
Reeditado em 11/04/2013
Código do texto: T4236004
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