Todos os dias ela percorria o mesmo caminho...
Seguia por ruas de chão batido em direção ao cume daquele outeiro.
Quase sem fôlego, sentava-se numa pedra grande que lá estava e ficava vislumbrando silenciosamente aquele esplendor de paisagem.
Não contava o tempo, ele apenas se dissipava aos olhos vidrados daquela menina, entre os pássaros, verdes e vales...
Olhos contemplativos, mergulhados na epifania à sua volta.
Certo dia sentiu um frio arrepiar-lhe a espinha, um vento percorreu seus cabelos, o mesmo acariciou-lhe lentamente o pescoço e qual um laço de ternura, envolveu-lhe os braços.
Agora, a vontade de voltar ao monte todos os dias era ainda maior. Queria sentir aquele carinho tão gostoso novamente. E no dia seguinte lá estava ela, correndo nas ruas empoeiradas como se voasse...
Ao chegar ao topo, ele a esperava. Correu em direção a ela, afagou novamente seus cabelos e face e a levou à beira do arroio.
Desfilou folhas à sua frente, redemoinhos à sua volta, e ela, jubilosa e encantada, abria os braços e rodopiava junto às folhas.
O vento apressou-se em balançar a corda que, amarrada na árvore, ficava em frente à parte mais profunda do arroio.
Ela então subiu o barranco e se segurou na corda, não pensou duas vezes para se atirar nas águas escuras - Há pouco tempo havia aprendido a nadar, mas sentia total segurança ao lado dele e por isso não hesitou.
E lá se foram um, dois, três saltos e o vento em festa agitava as palmeiras... Sibilava como se cantasse em seus ouvidos...
Os próximos dias seguiram no mesmo passo, onde tudo o que eles pensavam tornava-se real aos olhos prateados da imaginação. Até que na semana seguinte ela chega à pedra e nada acontece.
Nenhum carinho ou sons, nada... Apenas aquela linda pintura emoldurando os sentidos.
... Prostrou-se e as primeiras lágrimas chegaram mansamente
Aquele vazio no peito era algo que ela não conhecia. Sentiu tristeza, chamou-o por diversas vezes e se questionou o que havia feito de errado, mas nenhum sinal ou resposta veio até ela.
Nos dias seguintes fizera o mesmo trajeto, mas o vazio era o mesmo... Ele não estava lá.
Foi quando ela resolveu voltar ao arroio. Olhou a corda e sentiu medo. Lembrou-se dos momentos de alegria que haviam passado e então subiu no barranco, pegou a corda e se atirou na água.
Mergulhou.
Ao emergir, as palmeiras não balançavam como antes, as folhas não rodopiavam às margens do arroio...
Ainda assim ela sorriu... Um sorriso gáudio e agradecido.
Seguia por ruas de chão batido em direção ao cume daquele outeiro.
Quase sem fôlego, sentava-se numa pedra grande que lá estava e ficava vislumbrando silenciosamente aquele esplendor de paisagem.
Não contava o tempo, ele apenas se dissipava aos olhos vidrados daquela menina, entre os pássaros, verdes e vales...
Olhos contemplativos, mergulhados na epifania à sua volta.
Certo dia sentiu um frio arrepiar-lhe a espinha, um vento percorreu seus cabelos, o mesmo acariciou-lhe lentamente o pescoço e qual um laço de ternura, envolveu-lhe os braços.
Agora, a vontade de voltar ao monte todos os dias era ainda maior. Queria sentir aquele carinho tão gostoso novamente. E no dia seguinte lá estava ela, correndo nas ruas empoeiradas como se voasse...
Ao chegar ao topo, ele a esperava. Correu em direção a ela, afagou novamente seus cabelos e face e a levou à beira do arroio.
Desfilou folhas à sua frente, redemoinhos à sua volta, e ela, jubilosa e encantada, abria os braços e rodopiava junto às folhas.
O vento apressou-se em balançar a corda que, amarrada na árvore, ficava em frente à parte mais profunda do arroio.
Ela então subiu o barranco e se segurou na corda, não pensou duas vezes para se atirar nas águas escuras - Há pouco tempo havia aprendido a nadar, mas sentia total segurança ao lado dele e por isso não hesitou.
E lá se foram um, dois, três saltos e o vento em festa agitava as palmeiras... Sibilava como se cantasse em seus ouvidos...
Os próximos dias seguiram no mesmo passo, onde tudo o que eles pensavam tornava-se real aos olhos prateados da imaginação. Até que na semana seguinte ela chega à pedra e nada acontece.
Nenhum carinho ou sons, nada... Apenas aquela linda pintura emoldurando os sentidos.
... Prostrou-se e as primeiras lágrimas chegaram mansamente
Aquele vazio no peito era algo que ela não conhecia. Sentiu tristeza, chamou-o por diversas vezes e se questionou o que havia feito de errado, mas nenhum sinal ou resposta veio até ela.
Nos dias seguintes fizera o mesmo trajeto, mas o vazio era o mesmo... Ele não estava lá.
Foi quando ela resolveu voltar ao arroio. Olhou a corda e sentiu medo. Lembrou-se dos momentos de alegria que haviam passado e então subiu no barranco, pegou a corda e se atirou na água.
Mergulhou.
Ao emergir, as palmeiras não balançavam como antes, as folhas não rodopiavam às margens do arroio...
Ainda assim ela sorriu... Um sorriso gáudio e agradecido.
Ficara feliz por seu amigo vento tê-la ensinado a brincar.