CRÔNICA AZEDA
Escrever pode ser um santo remédio ou um grande pecado.
Que tal se a vítima desta “croniqueta” fosse o Pastor Marco Feliciano? Não, não é. Desse já disseram tudo e ele mesmo faz questão de mostrar quem é e a que veio. O que me deixa perplexa é esse tal “povo de Deus” que o defende e o elegeu.
Passeando nas redes sociais, salta aos olhos a ignorância desse rebanho. Meu Deus, quanta inocência, quanta bobagem e quanto oportunismo! Sim, meu Deus - o meu - que não creio ser o mesmo deles.
Eu quero e me esforço para crer que todas as religiões são boas e merecem consideração, mas o que me decepciona em relação aos evangélicos é a obediência cega e burra.
Então, basta ser evangélico pra ser bom e merecer respeito?
Pra começar, respeito conquista-se com integridade e esse não é o caso desse pastor declaradamente racista e homofóbico. Pastor, talvez, de almas pouco esclarecidas ou inocentes. Sim, só pode ser inocência ou ignorância. Que outro motivo explicaria tanta e tão ferrenha disposição em defesa do indefensável?
Eu sou cristã, nasci numa família católica e nem por isso compactuo ou desculpo os padres pedófilos e também não acho que a Santa Madre Igreja seja um poço de virtudes, nem senhora de todas as verdades. Todo o fanatismo é perigoso e pouco inteligente.
É uma afronta ao intelecto de qualquer cidadão esse oportunismo de quem se dispõe a decorar e a repetir versículos bíblicos com a conotação que lhes convém. Não acredito em tanta incompetência em “traduzir” os textos sagrados. Má fé ou fé demais, que também não cheira bem...
Quem conhece a história da humanidade sabe o quanto de atrocidades já foram praticadas em nome de Deus. E já não basta? Essa gente não pensa? Que horror! Temos 70 milhões de acéfalos que votam? Isto sim é um pecado.
Que Deus – o meu, misericordioso e amoroso – nos proteja!