QUEM É VOCÊ?

Por vezes estranhamos o quem somos, e as pessoas também podem interrogar nesse sentido.

Habitamos um espaço vazio de preenchimento quando da origem de partida, não pedimos para vir, mas fazemos essa viagem e temos que encetar a caminhada em estrada desconhecida, que vai obtendo formas, em emoção e no sentido estrito da forma.

Há um desenho em nossa vida que vai sendo traçado com contornos visíveis. Quando se pergunta quem é você devemos olhar para dentro e ver com clareza nossas dificuldades. Não se pode esconder a realidade, por isso tanto se falar em nossos dias em transparência.

Caminhos ásperos, tortuosos em relação ao comum, se caminhados, devem ser admitidos com suas ocorrências que por vezes são de enfrentamento com o curricular e uma recusa majoritária. Se somos felizes com a opção da forma escolhida não necessitamos de embates, mas de serenidade para viver a escolha, sem lutas inglórias.

Foi a forma escolhida!!!

A forma nunca pode ser vazia, a forma incorpora seus fins como a natureza em suas várias matérias. A forma é material, qualquer vazio é imaterial, é assim a opção que absorve a forma, passando do imaterial para a forma, do desejo para a protagonização.

Mas no vazio “há forma” no sentimento que se exterioriza, existe objeto, pois todo objeto tem forma. Lá estamos nós, o “Quem é você?”

Quem é conhece e sente, sabe o que é. E deve assim ser com transparência, não querendo fazer do que não é o ser, e muito menos mascarar o inevitável que se desenha para os olhos de quem vê com apuro. Devemos ser quem somos, com todos os riscos, censuras, rejeições, aceitações, aplausos ou não.

É como ser verdade e Deus de nós mesmos. Sabemos que “Deus é”, mas não “O que é”. A nós é fácil sabermos o que somos. Não há efeito sem causa anterior. Somente Deus tem o poder de tocar corações multiplicados feridos pelas ocorrências da vida.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 10/04/2013
Reeditado em 10/04/2013
Código do texto: T4233291
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