EDUCAR.
Difícil, sempre foi difícil educar. Passar saber é fácil, educar é complicado. Plasmados na ambiência social, vivendo sob circunstâncias múltiplas, chegamos àquela lei que todo o mundo conhece, “o homem é produto do meio”. É mesmo? Creio ser relativo. Apesar de todas as pressões pretendendo levar quem se educa, o educando, para esse ou aquele caminho, o que manda é seu discernimento. Se para tanto foi preparado, pelo exemplo e pela educação.
As influências evidentemente existem, necessita-se resistir ao que contraria a vontade estabelecida pela educação, mesmo que haja a curiosidade. Os exemplos das drogas são fundamentais, pela curiosidade inicial, muitos ingressaram na dependência química por força do meio. Assisti vários menores nessa situação, faz tempo, hoje é uma realidade gritante. A interpenetração da consciência coletiva e da individual anda em sintonia.
Emile Durkheim, sociólogo francês entendia que o ser individual tem uma natureza original sendo a consciência coletiva fortemente distinta. Não há dúvida, embora exista o modismo e o efeito "manada" em alguns casos.
Para explicar um fenômeno social, deve-se procurar sua causa. Durkheim dizia, “O homem é um animal que só se humaniza pela socialização”. Nesse princípio a quase impossibilidade de se insular, trancar-se. A causalidade do fenômeno social atinge visceralmente cada indivíduo, quando ocorre, lá é preciso estar a educação para dissecá-lo.
Educar significa além de ensinar como deve proceder quem se educa, e não só saberem coisas que não sabem, também a procederem de forma diversa como procedem outras pessoas não educadas convenientemente. Existem padrões mínimos de educação desejável onde o respeito é o primeiro fundamento. “Aprender sem raciocinar é trabalho perdido”, ensinou Confúcio. Não basta o estudo e o saber, o raciocínio é o leme que dará o caminho, para isto serve a educação, como no sistema grego educacional da “paideia”, onde o professor instiga o aluno ao questionamento.