A minha“Pedra Filosofal”

A minha“Pedra Filosofal”

Talvez, o sonho de muitos seja encontrar a riqueza e a vida “quase eterna”; descobrir, enfim, a “Pedra Filosofal”. Eu digo que a riqueza eu ganhei quando escrevi o meu primeiro verso e a vida eterna eu deixo para as minhas poesias e canções. Tenho, em mim, todos os sonhos e realizo tais com a vida que transborda em mim. Procuro a riqueza onde o dinheiro não serve nem pra troco e, assim, vou amealhando emoções. Compro o amor de cada coração e vendo-o por sorrisos e lágrimas, assim, minha palavra vai investindo em ilusões.

Não quero a eternidade e prefiro até a sofreguidão, pois não quero mais que essa vida curta para deixar o que tenho de melhor em mim.

Não sei quantas vezes rasguei meu coração para escrever os versos que distribuo, contudo, o amor vem sempre cerzir e estancar a hemorragia de sentimentos que teima em jorrar. Não sou nada e nem pretendo ser e, acho que, um dia, talvez, fique apenas nas lembranças de quem me viu sangrando de paixão. Vou passar, mas meus rastros ficarão pela vida em forma de canções, poemas, crônicas e romances e quem tropeçar em alguns desses “obstáculos” verá que estarão molhados com o suor das noites de insônia e inspiração e transpiração.

A “Pedra Filosofal” não me interessa e, talvez, só sirva para arrancar a cabeça do meu dedão do pé. Prefiro a pedra de Drumonnd, muito mais interessante e emblemática. Quero, sempre, o hoje, pois a riqueza da vida e a minha opus magma (A Grande Obra) irei escrever com os passos e tropeços que ainda darei pelo mundo. Aprendi que a fortuna e a eternidade limitam o homem e o deixam aprisionado no telúrico e eu quero me perder nas estrelas; passear pelos quasares; dançar nas nuvens. Eu quero tropeçar mais e mais nas rimas e espalhá-las por aí.

Deixo a eternidade para quem não sabe viver e precisa de muito tempo para aprender esse ofício e a riqueza para aqueles que não aprenderam a investir em sonhos. Eu, rico de amores e versos, me eternizo neles e invisto por toda a vida nos corações.

Mário Paternostro