O Amor nos Reis e Rainhas Portuguesas.

A história de Portugal no que respeita a reis e rainhas teve de tudo. Reis que não respeitavam a mulher dos súbditos, semeando filhos por todo o reino, sendo em plena idade média, visto por muitos de forma positiva.

O caso de D. Afonso Henriques que se aproveitou da esposa do conde, enquanto este tratava do banquete para o rei. Ou D. Diniz, interrogado pela rainha de onde vinha, respondeu o rei com se de uma honra se tratasse, «Venho de amores, senhora».

Temos outros, como D. Pedro I, que era pau para toda a obra, tal como D. João VI, que gostava muito que o seu ajudante, um tal Francisco Rufino, lhe aconchegasse a roupa, e para o compensar promoveu-o a visconde de Vila nova da Rainha.

Ou ainda D. João V que tinha predilecção por freiras. A mais célebre foi a madre Paula. Conta-se ao ver Paula, ficou de tal maneira embeiçado que ofereceu ao conde de Vimioso (amante da madre Paula) duas freiras por ela.

Um D. Fernando «amador de mulheres», que não perdoava nem a Cristo, roubando e casando com a mulher de outro.

D. Afonso VI, nem papa nem chicha, perdendo inclusive a mulher sem consumar o casamento, para seu irmão D. Pedro II.

D. Sebastião que morreu tão novo em Alcácer-Quibir, segundo se constava, não apreciava o sexo oposto. De igual modo poderemos falar de D. Pedro V, um rei cultíssimo que apreciava muito a companhia da sua esposa a rainha D. Estefânia, tendo no entanto uma relação de amor platónico, pois a pobre senhora morreu virgem.

Um D. João VI que se deixou enganar pela mulher a D. Carlota Joaquina. Senhora, que tudo lhe servia desde que tivesse a forma de um homem. Acabou por ter nove filhos, sendo que a maioria não eram do seu real esposo.

Rainhas com alto dever de procriar, como o caso de D. Maria II. Esta nossa rainha para além das suas responsabilidades como monarca, entendia que lhe acrescia a de ter filhos, coisa que ela considerava como um dever da rainha. Com partos muito difíceis, é alertada pelos médicos após trinta horas de parto no seu terceiro filho, do risco que corria se tivesse mais filhos. Respondeu a Rainha: «Senhores se morrer, morro no meu posto». O que veio a acontecer no décimo primeiro.

Bom! Mas por hoje fico-me por aqui, com a certeza que afinal estes monarcas eram seres como os seus súbditos, com fraquezas e glórias como qualquer mortal.

Lorde
Enviado por Lorde em 09/04/2013
Reeditado em 15/04/2013
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