Receita pra não me enganar
De repente aquela saudade toda partiu. As pessoas se confundem. Confundem tudo! E eu me confundi. Me confundi quando pensei em sintonia, me confundi quando falei em amor. Ah, mas a gente se confunde mesmo. Tropeça nos sentimentos e cai de cara numa realidade escura e alagada.
De repente eu senti falta de uma mão pra tocar. E senti falta de um abraço pra me acalmar.
De repente eu quis chorar e chorei muito! Estava com mais lágrimas acumuladas do que um represa podia dar conta d'eu desaguar.
E eu fiquei engasgada. Entalei com verdades que eram só minhas. Fantasiei tudo, tudinho! E fiquei nua dos sonhos com você. (Eram tantos...).
Preciso de tempo.
Queria você aqui. E não queria, de forma alguma, que aquela saudade tão inteira fosse substituída por lágrimas e não por abraços. Eu queria! Não quero mais. É confusão demais pro meu coração dar conta, é mentira demais pra poluir minha alma.
Alguém ficou muito tempo preocupado com dinheiro no banco, enquanto eu queria saber quando é que caia na conta o carinho.
Bom...
O que vai embora é o que eu quero que vá, mesmo sem saber. É o que vai me doer, mas vai me sarar. É o que em nada me soma e eu mal percebo ou não quero enxergar. É o que não vale nada, me sufoca e me mata. Me anula, me engana. Não quero! Vá embora, pra já. Sem muitos porquês. Deixo o tempo ventar.