Vou escrever para você!


Uma linha, duas, três, quatro. Vou escrever para você uma lembrança que passa pela minha cabeça mesmo sem retrato. E não rimarei saudades com cotidiana nostalgia. E não contarei como vão nenhum daqueles que você possa tão bem se lembrar e desejar saber. Para que lhe contar que fulano se meteu com uma esclerose múltipla e sicrano com uma esquizofrenia nada invejável. Também não perguntarei se seus olhos foram comidos por alguma catarata e talvez por isso tem demorado a dar notícias mesmo com econômicas letras. Mas tão vivo lhe imagino e escrevo. Alguém fará com que chegue até você letra por letra... Por favor, não conte as linhas ou espere por nenhum adeus. Faz tanto tempo que o adeus se foi sem ir... Gosto de me dar o direito de lhe dizer que amo o mesmo tanto que nossos fantasmas gostam de viajar levando essas mensagens de oi, estamos vivos e a vida continua. De amor só se morre se o coração parar de bater.

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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 07/04/2013
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