Fecham-se as cortinas.
“Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo”, dizia sempre o lendário radialista Fiori Gigliotti ao iniciar suas belíssimas narrações de jogos de futebol.
Com sua voz sonora e envolvente fazia com que víssemos cada lance, cada cena dos jogos de futebol, como se estivéssemos diante de um televisor. Ele fazia de cada jogo um show de narração e imaginação de seus fãs.
Ao final de cada narração sempre deixava uma mensagem positiva sobre a vida, sobre o esporte, de modo que ficávamos esperando a chegada do próximo final de semana, para novamente ouvir o chavão da “abertura das cortinas e do começo do espetáculo”.
Porém, ante os fatos havidos no jogo de Oruro, que resultou, tristemente, na morte do garoto Kevin Douglas Beltrán Espada, de apenas 14 anos, que deixara sua casa, com certeza, com o coração cheio de alegria em poder acompanhar um jogo do boliviano San José e do brasileiro Corinthians.
Mas somente houve a alegria na ida, volta não teve, pois foi alvejado mortalmente no rosto por um artefato explosivo, que se destina a salvar vidas e não a matar.
Isto porque são sinalizadores e utilizados por navegantes, que em caso de pane em seus navios ou barcos e ficarem à deriva os lançam, que viaja a uma velocidade de 360 km/h, atingindo alturas representativas e emitindo fumaças coloridas, de modo que possam ser visto por outras embarcações que transitem pela área, e consequentemente salvos.
Este artefato, como dito, era para salvar vidas, mas infelizmente ceifou uma jovem delas, pondo fim aos sonhos e às esperanças tanto de Kevin como de seus amigos e familiares.
Mas não só os que lhe são próximos foram atingidos, mas sim todos nós, pois ocorrência tal agride, como proclamou Emilè Durkheim (1858/1917), a “Consciência Coletiva”, eis que advinda de um gesto sem justificativa que o ampare, sem qualquer senso de solidariedade e de respeito à comunidade em que vive.
Que este Ato e Fato, embora saibamos estar pagando preço altíssimo de aprendizado, sirva para outros torcedores entenderem que nos estádios, ao seu lado estão pessoas com sonhos, esperanças e desejos de felicidades, e em suas casas estão seus pais, amigos e familiares os esperando e que voltem sãos e salvos e não envolvidos em pano mortuário.
Se Fiori Gigliotti estivesse aqui, certamente, encerraria tal jogo com a frase: “Fechamos as cortinas e pomos fim a este triste espetáculo”.
“Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo”, dizia sempre o lendário radialista Fiori Gigliotti ao iniciar suas belíssimas narrações de jogos de futebol.
Com sua voz sonora e envolvente fazia com que víssemos cada lance, cada cena dos jogos de futebol, como se estivéssemos diante de um televisor. Ele fazia de cada jogo um show de narração e imaginação de seus fãs.
Ao final de cada narração sempre deixava uma mensagem positiva sobre a vida, sobre o esporte, de modo que ficávamos esperando a chegada do próximo final de semana, para novamente ouvir o chavão da “abertura das cortinas e do começo do espetáculo”.
Porém, ante os fatos havidos no jogo de Oruro, que resultou, tristemente, na morte do garoto Kevin Douglas Beltrán Espada, de apenas 14 anos, que deixara sua casa, com certeza, com o coração cheio de alegria em poder acompanhar um jogo do boliviano San José e do brasileiro Corinthians.
Mas somente houve a alegria na ida, volta não teve, pois foi alvejado mortalmente no rosto por um artefato explosivo, que se destina a salvar vidas e não a matar.
Isto porque são sinalizadores e utilizados por navegantes, que em caso de pane em seus navios ou barcos e ficarem à deriva os lançam, que viaja a uma velocidade de 360 km/h, atingindo alturas representativas e emitindo fumaças coloridas, de modo que possam ser visto por outras embarcações que transitem pela área, e consequentemente salvos.
Este artefato, como dito, era para salvar vidas, mas infelizmente ceifou uma jovem delas, pondo fim aos sonhos e às esperanças tanto de Kevin como de seus amigos e familiares.
Mas não só os que lhe são próximos foram atingidos, mas sim todos nós, pois ocorrência tal agride, como proclamou Emilè Durkheim (1858/1917), a “Consciência Coletiva”, eis que advinda de um gesto sem justificativa que o ampare, sem qualquer senso de solidariedade e de respeito à comunidade em que vive.
Que este Ato e Fato, embora saibamos estar pagando preço altíssimo de aprendizado, sirva para outros torcedores entenderem que nos estádios, ao seu lado estão pessoas com sonhos, esperanças e desejos de felicidades, e em suas casas estão seus pais, amigos e familiares os esperando e que voltem sãos e salvos e não envolvidos em pano mortuário.
Se Fiori Gigliotti estivesse aqui, certamente, encerraria tal jogo com a frase: “Fechamos as cortinas e pomos fim a este triste espetáculo”.