FELICIDADE E CONSCIÊNCIA.
Pitágoras era muito mais que filósofo e matemático, era um engenheiro das almas, e sempre guardei comigo sua reflexão de que “não há coisa mais intima do que uma má consciência”.
Foi com esse referencial que voltei de minha caminhada habitual, um tanto peripatética por vezes, e lembrei de Pitágoras, maior matemático que nos atormentou em geometria quando nosso objetivo era folgar, farrear, tudo quando jovens, menos se concentrar em que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. E o que que eu tinha com isso? Não era nenhuma pirâmide do Egito onde ele descobriu a equação, ou seja, pelo conhecimento de dois lados de um triângulo-retângulo podia-se se conhecer o outro.
Sua advertência sobre a má consciência é tão óbvia como segredo de mais de uma pessoa não ficar em duas, ou mulher que trair não ficar na primeira vez.
A má consciência é rastejante e quase sempre traz dano,traidora, tem objetivo definido, vulnerar felicidades e desgastar o maior ícone do convívio que é o respeito. E o convívio é amplo, convivemos em sociedade de várias formas e meios. Falo de felicidade em gênero, seja qual for, o dano é a seta apontada, direção nuclear de desejo recôndito e maligno. Atinge a individualidade, um grupo ainda que familiar, e a sociedade como um todo.
Não é pelo dote corporal, pelos prazeres do corpo, estéticos, ou pela riqueza que somos felizes, mas pela consciência que pode ser transparente e clara, pois nada tem que a reprove em sua intimidade.
A consciência tirana e má, vil e repugnante, precisa da intimidade das sombras, mas esbarra sempre em dito popular conhecido, não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe.
E que se exploda como explodiu a hipotenusa muitas cabeças estudantis, o famoso teorema de Pitágoras.