Títulos e espertezas

A famosa prova de títulos em concursos públicos é repugnante nesses processos de discriminação intelectual, bem como qualquer distinção de raça. Despropositada falta de raciocínio lógico. Todos deviam se igualar ao requisito único do conhecimento em torno das questões. Mística das questões porque a nota final do candidato pode ser um lance de sorte. Todos expostos apenas ao silêncio resumido pela concentração para alcançar a pontuação devia ser assim. Não é. Chamamos este tipo de avaliação comercial de conhecimento, cada qual receberá a nota final que deveria ser “final” absolutamente. Não é. Discriminação ocorre quando separam a identidade da pele como fator a ser considerado no processo. O conhecimento em nada tem a ver com identidade racial em nenhuma instância. É notório que existe discriminação. Nem a escravidão foi um critério de raça. A escravidão é a do derrotado independente da cor da pele.

Após a prova temos esta anomalia que é a tal prova de títulos. O primeiro lugar se não possui títulos, perde a vaga para alguém com grande superioridade na área, mesmo com nota máxima. O dono dos diplomas, títulos e outras papeladas de percurso surrupiam o primeiro lugar porque possui estes papéis, muito embora com título e tudo, tenha deixado de alcançar o nível desejado. E aí? Que avaliação existe nisso? .Simplesmente passa na frente dos demais, arrogantemente.

Os concursos trazem a tabela de pontuação da arrogância. Compreendam o seguinte: um homem estudou história, sabe “tudo” desta matéria história, viajou o mundo, estudou (como adoram qualificar como superioridade) no exterior e tirou nota abaixo daquele que simplesmente fez a prova tirando nota máxima sem ter saído de Bagé. Quer dizer o primeiro lugar perderá a sua vaga para esta criatura que apesar de seus cabedais não alcançou o valor aceitável? A resposta é sim. Considero isto a mais verdadeira idiotia intelectual com edital.

Essa educação de funil se adapta muito bem ao critério econômico de discriminação da maioria em detrimento da minoria, há poucas vagas e isto sugere um pé na bunda da maioria. O espertalhão com mais títulos passará na frente de quem estudou muito, mas ainda não obteve papeladas de triunfo. Na ordem de nomeação o gordo em títulos levará farta vantagem sobre aquele que luta apenas com o conhecimento exigido na prova. Que espécie de educação é esta? Sem contar com o sorteio final em caso de empate? Por que não disputam numa partida de xadrez? Biriba...

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O excesso de informações sem interpretaçôes confunde a opiião pública e leva a cegueira mental dos i ndivíduos...