Oi, zé!

      Foi com essa mensagem que no meio da madrugada eu acordei, meu celular tocou e num pulo eu o derrubo da cama. Ainda meio bêbado de sono, assustado, vou tateando ainda de olhos fechados, até encontrá-lo. Abro os olhos e fico temporariamente cego pela luminosidade da tela, cerro os olhos para conseguir enxergar. Até que vejo : "Oi, zé".

      Era uma mensagem dela, quantas foram as noites que eu fiquei olhando meu celular, quase ordenando que aquela mensagem chegasse. E agora, lá estava ela. Minhas mãos tremiam descontroladamente, meu coração palpitava.Sem  querer demonstrar minha felicidade com aquela simples mensagem, mando um "Opa". Paro por um momento e fico pensando "Opa?!? sério? a garota pela qual você é apaixonado te manda uma mensagem de madrugada e você manda um OPA!". Só passava na minha cabeça que ela não responderia. 
     
      Meus olhos não saem do celular, esperando mais um toque, mais um sinal de vida. E ele chega, um onda de adrenalina e alivio  percorrem meu corpo, tentando manter a calma abro sua mensagem. Por longas horas nós ficamos conversando. Não faziamos isso a tempos, contamos tudo o que havia acontecido conosco desde a nossa última conversa franca, amigável. Após isso, ela começa me lembrando o quanto eu a magoei, o quanto ela sofreu por mim o quanto ela quis me esquecer. Por um tempo ela conseguiu, ela ia me contando, mas o sentimento que tinhamos era forte, era antes de tudo uma amizade muito sincera, na qual não precisavamos ser menos que nós mesmos, não precisavamos de meias verdades. Ela ia me falando tudo isso, e eu lembrava tudo que havia acontecido, tudo eu tentava a todo custo esquecer. Queria pedir perdão, dizer o quanto eu queria que nada daquilo tivesse acontecido, queria chorar, queria olhar em seu olhos para que ela pudesse ver a minha verdade.Mas só lia, e concordava com tudo que ela tinha a dizer. Eu não me sentia mais no direito de dizer tudo que queria dizer.
     
     Ela , por fim, disse que sentia falta da minha amizade. Que queria que eu a conquistasse novamente, que aquela antiga amizade pudesse, pouco a pouco ser retomada. Quase explodi de felicidade. Foi quando aconteceu.
     
    Acordei. Zonzo, e perdido. Como por instinto procuro meu celular, ele está caido no chão. Pego rapidamente e olho para a tela. Sem bateria. Foi um sonho. Só nesse momento, que percebo que estou sorrindo.

Preciso ir dormir logo, vai que ela me manda outra mensagem.
GL
Enviado por GL em 04/04/2013
Reeditado em 04/04/2013
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