A PAZ.
Almas de relevo precisam de silêncio para emergir nas planícies conturbadas da vida atual, ou ficam submersas nas incontroláveis reflexões.
Necessitam contaminar de placidez o barulho incontido, doente, que se vê em todos os lados e sob todos os ângulos. A pressa aborta a paz. E todos têm pressa, querem avançar mais do que permitem dons e a natureza.
A ansiedade perfila a doença dos tempos modernos, e ela leva à tormentosa depressão. A ajuda a si mesmo reside em fugir do torvelinho que em redemoinho endemoniado engolfa todos. É preciso vencer, é preciso ganhar, é preciso ter, é preciso enriquecer, mas não é preciso viver.
A paz da vida não está centrada em querer, mas em ser, embora seja hoje chavão dizer e apregoar esses dogmas visíveis, porém é chavão verdadeiro e incontestável, um adágio andante irrespondível.
Registramos que onde se acha mais paz, e silêncio, é no cemitério. Lá ninguém corre....
Os livros de autoajuda já estiveram em alta, já consubstanciaram um certo exaurir, as experiências que estão fora das pessoas se explicam em tempo curto, como a certeza que o mal vence por um certo tempo, embora seja paradigma por muito tempo.
É preciso ter paz para que realmente haja nosso encontro com a relativa felicidade que está ao alcance de todos, e a pressa para tanto há de obter freios.