A isca e o anzol
Metaforicamente, todas as paixões humanas, desejos mais ou menos conscientes de possuir e controlar formas materiais e mentais, ilusoriamente percebidas como estáveis e autônomas, são como iscas cobrindo anzóis.
Nenhum peixe morde um anzol sem uma suculenta isca, assim como ninguém em sã consciência promove para si mais um apego, sem haver um prazer nisto.
Conforme vamos despertando a consciência e se desapegando de todas as bobagens que a nossa cultura e programação genética nos direciona, vamos aprendendo à morder as iscas sem nos prendermos nos anzóis, à ter prazer na brincadeira chamada vida, sem à ela se apegar.