OS MESTRES. PERCEPÇÃO. DISTINGUIR.

Conheço pessoas que chamam outras pessoas de “antena”, ou de mestre. Traduza-se para pessoas que captam tudo, rapidamente, com largueza. Os mestres são tratados na órbita do planeta como pessoas comuns diferenciadas por dotes de inteligência.

Ter percepção capaz de compreender, entender um pouco mais do que a mediana inteligência que é majoritária, o que revelou e revela a história, isto significa ser mestre. O mestre tem insaciabilidade por saber, pois sabe que sabe pouco e o muito que quer para ele de conscientização sempre será pequeno e de recepção tardia para a brevidade da vida.

Qualquer mestre tem proveito estrito depois de morto. Seus ensinamentos voam e se perdem como folhas ao vento, alguns ficam, os que consignaram princípios e mudaram páginas da história, em suas diversas manifestações em ciências, artes, filosofia e outras atividades nobres. Os mestres estudaram. Viveram vidas como pessoas.

Cristo não estudou nem nada escreveu, nem um só vocábulo.

Muitos mestres são desconhecidos, Buda e Confúcio, conhecidos como padrinhos de Cristo, habitando o planeta quinhentos anos antes de Jesus de Nazaré. São conhecidos com profundidade por quem?

Apolônio de Tiana, um misterioso vulto caridoso como Cristo, surgido no início da era cristã, quem conhece? Como Jesus protegia os mais fracos Foi considerado um Deus.

Jacobo Boehme, que escreveu com luz guiando grandes correntes do pensamento, é consultado e lido por quem?

Paulo de Tarso, o propulsor de gigantescos ensinamentos, o ideólogo cristão, é estudado por quantos?

São Francisco de Assis, exemplo vivo da humildade e justiça, sua vida de fausto e riqueza está no domínio cultural de quantos? Kant, Tomás de Aquino, Santo Agostinho e tantos outros, que discutiram sobre Cristo, quem conhece com amplitude?

Perguntem ao povo quais desse mestres conhecem? Ninguém conhecerá. Perguntem se conhecem Jesus Cristo? Todos conhecerão. Jesus não é mestre, pelos suas pegadas é conhecido como Filho de Deus. O Deus de que todos falam, criador da natureza antes informe.

Quais desses mestres, pouco conhecidos em suas caminhadas por todos, dividiu o tempo e as eras no calendário civilizado, o gregoriano? Qual deles fundou escolas do pensamento religioso com a expressão que tem a cristã? Qual deles é ponto central desde que nasceu de milhares de discussões filosóficas, temáticas, ideológicas, distanciando ou não nortes políticos?

Responda-se, ninguém e nenhum.

Cristo está muito além de ser mestre, é preciso que possamos distinguir o grande hiato entre mestre e símbolo da humanidade por ser absolutamente diversa a existência de um Homem que foi e assim registra a história, Filho de Deus, os mestres são pessoas comuns diferenciadas.

Mestres não têm a amplitude de centralização, unanimidade de discussão, polarização, concentração pensamentar, unidade de questionamento, Estado único como o Vaticano, existente por fundamento em sua passagem e tantas outras disseminações da caminhada humana que teve Nosso Senhor Jesus Cristo, por um acaso do Cosmos, conhecido, crucificado e debatido como Filho de um DEUS que está na boca de todos, mesmo de agnósticos.

É o caso dos “antenados” hoje, pela antena, internet, ao mesmo tempo que ela amplia a informação retira a “antena”, a percepção, mesmo estando na antena. Seria por ser a “antena” deficitária e estimular a verbiagem?

As faculdades de percepção estão amarradas no que vai surgir na tela após o pedido de resgate informativo. E a informação não cria, não motiva pensar, apenas entrega o informe, quase sempre com defeitos culturais. O livro exercita a inteligência, lógico, quando ela está presente.

Esse indicativo dos “antenados” e “não antenados” tem me impressionado diante da internet.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 02/04/2013
Reeditado em 02/04/2013
Código do texto: T4219518
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