DESACATO A FUNCIONÁRIO PUTO

CRÔNICA

Às vezes custo a acreditar e chego até mesmo a duvidar da capacidade de alguns gestores deste país, tem quem se julga o todo poderoso, acredita piamente que a lei de desacato lhe favorece, daí, no seu terreiro é ele quem canta em alto e bom tom. Mas quando o cidadão é cumpridor de seus deveres e conhecedor de seus direitos jamais diz amém a tudo tão pouco oferece a outra face para bater uma vez que seus direitos foram violados.

Um erro não justifica o outro. O que estamos presenciando atualmente no mundo animalesco é desanimador, a proliferação da intolerância no ambiente que outrora revelou “talentos” nas mais diversas áreas, agora personagens se eximindo de suas responsabilidades, um verdadeiro jogo de empurra. Precisamos urgentemente de ações pontuais que permitam repor o “trem da evolução” nos trilhos para que possamos seguir o curso normal da história, senão...!

Gestores, formadores de opinião, comunidade estudantil e os pais, irmanados e afinados ao bem comum, respeito, este possui mão dupla e o seu direito só começa quando o meu termina. Deparamos a todo instante com um funcionário puto que bate no peito e a quatro ventos brada, “você está errado”, “não é assim que se faz”, “pensa que está falando com quem?”, daí, socos tapas e pontapés, o ambiente escolar se transforma e vira uma praça de guerra, então eu pergunto, como é que se faz gestor? E o “ex tatuto”? Gritar que eu tenho a situação sob controle é uma coisa, ter de fato a situação sob controle é outra completamente diferente. Agoniza a formação do indivíduo e a educação. Gestão engessada, onde gestores deliberam planos e metas que fomentam a má formação da pessoa. Que pessoa é essa? Rebeldes, autoritários, omissos e canalhas em favor da alienação. (... e lá em Brasília, tamanha quadrilha decide a sorte da população...). O (IDEB), está aí.

No processo de construção do saber nos perdemos, reina o desrespeito e desconhecimento, o tabuleiro está desorganizado. Talvez o comodismo e até mesmo o jogo de interesse tenham feito do pretenciosismo senhor do desrespeito. Para exercer a cobrança é preciso antes oferecer subsídios que promova uma ampla formação, o ambiente deve estar aparelhado para que isso ocorra. Usurpação de função também está previsto em lei, é crime. Antes de contatar a autoridade policial o funcionário puto deve olhar-se no espelho e refletir.

Queira para si apenas o que deseja para o outro é fácil julgar o cidadão que defende os seus direitos ele que não goza de tal prerrogativa estatutária é execrado. À força de segurança acionada cabe conduzir às partes à presença da autoridade competente para que esta sim julgue, após apurados os fatos, infelizmente não é isso que presenciamos, ao chegar ao local o julgo. Ele de revolver, distintivo e armadura, “mundo de matrix”, de autoridade a cidadão do povo após vinte e quatro horas de um exaustivo plantão. (Sanches quem discursa), o gestor tem sempre razão e o cidadão coercivamente se cala diante da situação, isso é lamentável.

Mas como assim, alguém pode me explicar? Estando o outro gestor, tem o direito de gritar, humilhar e colocar-se acima da verdade dos fatos. Coloque-se no seu lugar de funcionário puto e pronto.

“Desacatar funcionário público no exercício de sua função é crime”. Art. nº 331 do código penal, decreto lei nº 2848 de 07 de Dezembro de 1940.

O futuro do nosso país está nas mãos do ninguém. Sendo assim, apaguem as luzes e fechem as portas da educação que aqui jaz a mente dos iluminados.

“Salve-se quem puder, se poder”.

Autor: Floriano Silva