NO BRASIL, SAÚDE É PARA POUCOS
Sentados ao redor da mesa a conversa fluía. Lá estava minha tia, irmã de minha mãe, nas suas 84 primaveras. Cheia de vida, de assunto, de histórias para serem lembradas. As horas correram ligeiras, e quando vimos eram duas da madrugada. E o ânimo e a vivacidade de minha tia, estavam intactos, ela não mostrava nenhum cansaço, e se ficássemos mais na casa de minha prima, (filha de minha tia) com certeza a tia Dalva continuaria sendo a mais animada do grupo.
Tudo normal, se aos 84 anos, ela não houvesse saído de duas cirurgias. Uma semana atrás, teve que extrair a vesícula biliar, e durante o procedimento feito por um conceituado cirurgião, pelo método de labaroscopia, descobriu-se uma hérnia umbilical, que também foi extraída.
Passados dois dias, minha tia, já estava na casa de sua dedicada filha. Em minha visita à ela, uma semana após as cirurgias, pude constatar o quanto é importante o cuidado e carinho filial. Mas, pude constatar também que, infelizmente em nosso país, somente quem pode ter um plano de saúde particular, conta com um atendimento de qualidade.
Ontem, em um trabalho do terceiro setor do qual participo, ao atender uma senhora de 72 anos, meu coração ficou apertado. Vitimada pelo Glaucoma, doença gravíssima, que necessita de cirurgia, ela está há mais de dois meses, tentando fazer os exames, para poder ser operada. Já mostra muita dificuldade para enxergar, e dores devido a pressão ocular.
Ao ouvir essa senhora, que vive de uma minúscula aposentadoria, viúva e sem filhos, portanto dependendo do nosso falho sistema de saúde, lembrei-me da visita à minha tia, e o atendimento que ela pode ter, devido aos cuidados dos seus filhos, que puderam lhe dar um bom plano de saúde. Eu não pude deixar de pensar, que no Brasil, saúde é para poucos.
(na foto antiga minha tia Dalva, ainda criança, está no colo de sua mãe, minha avó)
Sentados ao redor da mesa a conversa fluía. Lá estava minha tia, irmã de minha mãe, nas suas 84 primaveras. Cheia de vida, de assunto, de histórias para serem lembradas. As horas correram ligeiras, e quando vimos eram duas da madrugada. E o ânimo e a vivacidade de minha tia, estavam intactos, ela não mostrava nenhum cansaço, e se ficássemos mais na casa de minha prima, (filha de minha tia) com certeza a tia Dalva continuaria sendo a mais animada do grupo.
Tudo normal, se aos 84 anos, ela não houvesse saído de duas cirurgias. Uma semana atrás, teve que extrair a vesícula biliar, e durante o procedimento feito por um conceituado cirurgião, pelo método de labaroscopia, descobriu-se uma hérnia umbilical, que também foi extraída.
Passados dois dias, minha tia, já estava na casa de sua dedicada filha. Em minha visita à ela, uma semana após as cirurgias, pude constatar o quanto é importante o cuidado e carinho filial. Mas, pude constatar também que, infelizmente em nosso país, somente quem pode ter um plano de saúde particular, conta com um atendimento de qualidade.
Ontem, em um trabalho do terceiro setor do qual participo, ao atender uma senhora de 72 anos, meu coração ficou apertado. Vitimada pelo Glaucoma, doença gravíssima, que necessita de cirurgia, ela está há mais de dois meses, tentando fazer os exames, para poder ser operada. Já mostra muita dificuldade para enxergar, e dores devido a pressão ocular.
Ao ouvir essa senhora, que vive de uma minúscula aposentadoria, viúva e sem filhos, portanto dependendo do nosso falho sistema de saúde, lembrei-me da visita à minha tia, e o atendimento que ela pode ter, devido aos cuidados dos seus filhos, que puderam lhe dar um bom plano de saúde. Eu não pude deixar de pensar, que no Brasil, saúde é para poucos.
(na foto antiga minha tia Dalva, ainda criança, está no colo de sua mãe, minha avó)