Salvo pelo cocô.

Gosto de ler e ouvir piadas. Acho que elas refletem com grande maestria a realidade, sejam quem for seus personagens.

São afiadas ferramentas de crítica, ironia e até humor negro, muitas vezes.

Espelham o real pensamento temporal com fidedigno reflexo, resgatando detalhes de forma peculiar.

Ontem fui à Saraiva do Iguatemi, aqui de Campinas, com o firme propósito de pegar um livro de piadas da estante e deliciar-me com suas histórias.

Duas delas achei demais.

Aqui vão: três homens pintavam a parte externa de um prédio residencial num andaime. De repente um deles ficou com vontade de fazer cocô. Como estavam num andar alto, o colega sugeriu que pedisse para usar o banheiro de um morador.

Nesse interim, o andaime se solta e os dois pintores se esborracham no chão.

No velório, o dono da empresa de pinturas vem consolar as viúvas, dizendo que estava demais consternado com o acontecido e, sabendo que tinham uma vida difícil, resolveu dar para cada família uma casa, um carro e R$ 200.000,00.

Nessa hora, a esposa do terceiro homem diz pra ele:"E você ainda resolve fazer cocô naquela hora...".

A outra piada é de um cara que sofre um grave acidente de carro que fez com que perdesse seu pênis.

No hospital, o médico diz que havia uma técnica japonesa para reconstruir o órgão perdido.

Tinha três opções: pênis pequeno por R$ 10.000,00, médio por R$ 20.000,00 e grande por R$ 30.000.00.

O médico sugere que o paciente avalie as opções com sua mulher e que desse a resposta no dia seguinte.

Quando o médico volta, encontra o paciente triste, emburrado. Pegunta o que decidiram e ouve a resposta: "Minha mulher preferiu trocar os móveis da sala...".

Situações do cotidiano que mostram muito do nosso jeito de ser, das nossas relações afetivas, dos nossos valores.

Acabei de escrever e fui dar uma olhada nos móveis da minha sala e constatei que não estão em mal estado. Ainda bem!

Agora posso pegar o carro e dirigir com maior tranquilidade.

Vai que...

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