Irene, Manuel Bandeira, os políticos e o direito de ir para o céu...


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“Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença”

Assim Manuel Bandeira descreveu a Irene entrando no céu. Se fosse eu, acho que, depois de eu pedir licença,  ele falaria:
-Devagar aí, meu, amigo, precisamos conversar.
E eu ia ficar preocupado, com certeza. No final, depois de algumas explicacões e exigências cumpridas, acho que tudo se acertaria. Acho.
Agora se fosse um dos políticos que conheço, ele nem pedia licença, já  ia entrando. Mas daí, São Pedro ia falar:
-Pode parar por aí. Você errou o caminho. O seu lugar é outro.
Então, o político ia insistir e, ele, não tão bonachão, nem ia falar mais nada, só ia apontar o caminho da saída.
Claro, tudo isso é especulação. Pode ser até que um dia, aqui na terra, num país que eu conheço, eles votem e aprovem por maioria absoluta,  o direito antecipado e garantido de ir para o céu, nem que seja na marra. Sancionado. Garantido em ata. Sem veto, pelo menos do pessoal daqui. Cruz credo, isso já é blasfêmia, vou parar por aqui.

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