Receita pra desenferrujar (sentimentos)
Faz uma coisa por você? Se respeita! Não se culpe e nem se exija tanto. A gente precisa de paciência pra tanta coisa – acho que pra tudo: até pra ser feliz! E eu acredito que, pra isso, é necessário permissão e respeito.
Primeiro temos que dar conta de tudo que a vida nos propõe (nos lança), é fundamental, pra depois nos permitirmos sentir tudo que vier. Ah! E nos respeitar quando não dermos conta também.
Então, chorar não é entregar os pontos. Dizer que se sente mal não é enfraquecer. Mas essa é a minha opinião. Isso é o que eu acredito. Só queria te dizer mesmo.
É que, pra mim, medo e dor caminham lado a lado – já até se casaram em várias vidas (inclusive antes de Cristo!) – um faz com que o outro se acumule.
Se algo te doeu em outros tempos, doeu em outros tempos, certo? Vai alimentar isso pra que? Só faz com que mais medos apareçam pra te assombrar.
Por várias vezes eu senti dor e por várias vezes ainda sinto medo. Com a tal da dor eu aprendi a lidar, vivi com ela por muito tempo. E seu companheiro (medo) não nos deixou nem por um instante sequer. Bom, mas eu sobrevivi e agora vivo! Me permito, me respeito, sinto medo (pouco, mas ainda sinto) e me doo com muitas coisas.
Entendi que eu não tinha obrigação de dar conta de tudo isso aí. Banir minhas dores e meus medos num passe de mágica e não chorar nunca mais. Eu só me deixei ser. Me respeitei.
Então, minha receita pra mim mesma foi essa... Tudo no tempo que tinha que ser. Permissão e respeito, doses suaves e sem moderação também.
Faz isso por você? Se deixe ser! Se sinta capaz! Não precisa dar conta sempre, mas se permita ser o que quiser. Acho que esse é o segredo pra sorrir com a alma.