O BEM E O MAL.

Compreender a dupla face da vida pelo sistema de escolhas traz diversidade e complexidade. O mal, pensam alguns, pode trazer o bem. O quê é isto? Enriquecer como se diz em direito, “sem causa”, acrescente-se, causa justificável, é injusto. Por quê? Por sinalizar o mal, o exercício do impróprio, do indevido. Enriqueci por ter empobrecido injustamente alguém ou alguns. Mas se a mim fiz um bem, estou bem, que outros, também, busquem os caminhos e escolhas que fiz, e fiquem bem; assim pensam.

Esse pêndulo de mediação de consciências está sedimentado na

humanidade de forma concreta, e é difícil mudar. Os que “promovem o próprio bem” nessa escala de valores pensam assim : Não fiz mal a ninguém, só me vali de minha inteligência para conseguir o que queria. É assim que funciona. Conheço isso bem, nos conflitos de interesses postos diante de mim. O " não fiz nada de mal" é como nos crimes contra a vida, "não fui eu", a tese mais praticada, negativa de autoria.

O mal seduz, pois se veste com a roupa do bem, e engana a muitos. Ele é como a limitação, e praticamente são irmãos, se pretendemos ser alguém, devemos aceitar a nós mesmos como somos, caminhar nos nossos limites, no mal, se vai adiante dos limites do que é justo.

Essa antítese, o bem e o mal e suas diversas práticas, vejam-se os políticos e a política, embrião de tudo pelo exemplo, dificilmente mudará. Ninguém com esse patrimônio moral, abre mão dessa caminhada injusta.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 28/03/2013
Reeditado em 28/03/2013
Código do texto: T4212000
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