INSENSIBILIDADE,
“Aquele que anda de rastros, como um verme, nunca deverá queixar-se de que foi pisado por alguém”. Kant.
O monumental criador da “Crítica da Razão Pura”, mais do que ninguém, por sua precisa e elaborada filosofia, que clarifica as mais impenetráveis indagações, podia fazer essa advertência aos que incorporam as baixezas de conduta.
Só há limite para a estupidez, não para a ignorância, sempre soberba.
A mediação das posições que envolvem amor e sensibilidade não podem estar entregues à retenção das emoções mais nobres. Os vermes rastejam e se alimentam da podridão. São assim os insensíveis que incorporam as faltas capitais, que degeneram a vida e simbolizam a crueldade, a soberba, a inveja, a usurpação, o desalinho da correção com todas as obrigações da consciência sadia.
Os insensíveis são os vândalos do espírito, se estimassem a humanidade estariam próximos de Deus, ou ao menos da reta caminhada sob o pálio da Lei Moral.
A insensibilidade mora na casa da desrazão, são infelizes os insensíveis, percebem pouco e pretendem dominação de tudo, pois não conhecem e não indagam, se sabem não ensinam, e os que ensinam por saberem algo ou muito pouco, não praticam.