Páscoa
Uma fala nesta manhã fez bater no meu peito uma dor de saudade. Ouvi a expressão “dia grande” em referência à data de hoje e isso me levou de volta ao colo da minha mãe. Criada em meio aos costumes religiosos da sua época, em que o respeito ao próximo era mais considerado, ela tentava repassar aos filhos os ensinamentos da Igreja, o que guardo até hoje.
Nesta “quinta-feira santa”, um ato religioso que eu bem me lembro da Igreja é a Missa do Lava-pés, um rito dos cristãos representado teatralmente pelos jovens, relembrando o momento em que Jesus lava os pés dos seus discípulos, num ato de humildade. Contrastando a isso, a nossa realidade mostra um mundo egoísta, diferente do que pensei há algum tempo atrás.
Em meio aos rituais que recordo daquele tempo, o que mais me vem era a forma menos cruel com que as pessoas tratavam umas as outras. Quando criança eu não percebia ninguém querendo ser melhor ou pior. Minha inocência não me permitia ver a luta pelo poder, nem a corrupção destruindo as criaturas.
Independente de religião, igreja e rituais, a humanidade precisa viver o amor. Se não for o sentimento, que seja o comportamento. Não preciso amar o outro, mas respeitá-lo enquanto meu semelhante é algo que não posso deixar de fazer, nunca.
Que a Páscoa, enquanto símbolo de transformação, possa nos proporcionar reviravoltas em nossas vidas, e que sejamos todos cada vez mais amados. Amemo-nos uns aos outros, em obediência ao maior mandamento!
Feliz Páscoa!