HORAS E HORAS (BVIW) - Mini crônica

Quando falamos em hora, a primeira coisa que nos vem à cabeça é o relógio. Marcando ritmado aquele barulho insistente, se for um relógio de parede; silencioso, mas ainda insistente, o digital. De qualquer forma, relógio lembra compromisso, assinala o entrar e sair do trabalho, o momento de tomar a condução ou ir ao encontro de alguém. Ele só nos dá uma trégua nas férias e então muitos o desligam, o esquecem propositadamente na cabeceira da cama e, se for o de parede, até passam por ele assoviando distraidamente, como a dizer: "me esquece!"

Relógios à parte, temos a hora no sentido figurado. Porque não tem, necessariamente, de ser hora marcada por nenhum ponteiro ou número. É aquele momento que não pode mais ser adiado, que exige que se tome uma atitude ou, no popular, a última gota transbordando o copo. É a hora da decisão, coisa que, no Brasil, por receio, acomodação ou impotência, muitas vezes deixamos passar. Horas e horas... Diferentes sentidos que, por vezes, se mesclam...

Giustina
Enviado por Giustina em 27/03/2013
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