A páscoa nossa de cada dia
Trata-se de uma pequena escola, onde grandes seres humanos se imprensam por ali. Dia a dia, assisto absorta a pessoas que se reinventam para continuar a viver. Alunos se comunicam das mais diversas formas, uns conservam a alta estima vindas de um seio de afetos e nos presenteiam com sorrisos largos e olhares de sonhos. Outros desconhecem a parte doce da receita para alma e vivem a arrumar confusões e importunar a "paz" já tão pequenina de nossos incansáveis mestres, descrições humanas e intelectualizadas à parte, temos num recanto discreto, mas, não menos importante, operários cansados dos serviços físicos e mais ainda da ociosidade dos serviços emocionais. Ficam por ali a espiar o tempo passar, pedindo que ele corra para curar o momento de fardo do trabalho, pedindo que ele estanque,, pois não suportam as rugas de todos os dias, anunciando que se tem um a menos. É perdoável, é tudo perdoável, os erros que são cometidos para que no dia seguinte, ou mais adiante, tenhamos as pessoas que fazem parte de nosso cotidiano de pé. No fundo sabemos das canalizações cometidas por mim, por todos, umas mais inteligentes não dão margem a julgamentos, outras desastrosas desmascaram a fragilidade do ser humano em questão. Porém, no fundo, todos diariamente renascem, porque precisam continuar a caminhada, com bússola ou não.