SÓ PARA PENSAR...
SÓ PARA PENSAR...
Trecho retirado de nosso livro “Ele voltou!” a disposição a partir do dia primeiro de abril em e-book-pdf pela internet.
“Jamais duvide de suas mãos ao tatear no escuro. Na ponta dos dedos estarão seus olhos, em toda extensão deles sua vida, e na palma de sua mão, sua alma.” “São elas que lavam seu rosto, alimentam seu corpo, cumprimentam até mesmo aos inimigos, e fazem sorrir ao entregarem um presente. Se olhar bem suas mãos, verá que são só sorriso, embora às vezes as use para magoar. Ao suarem por medo, nervosismo, raiva, ou qualquer outro motivo, estão na realidade, chorando.”
“E elas, querem só sorrir!”
Como de nosso primeiro encontro, mais uma vez não queria e não podia me dar por achado. As tiradas do baixinho sempre me deixavam pateticamente desarmado. Não havia como evitar de reconhecer que exercia com suas palavras o poder de me fazer pensar, de sentir de que ele sabia o que dizia e eu apesar de já ter aprendido a assimilar suas palavras, ainda mantinha a resistência de reconhecê-las, e o medo talvez, de aprendê-las.
Se era assim, “Tudo bem cara. Vamos então jogar conversa fora já que você não me deixa mesmo em paz.”
“Paz? Gozado. Vocês nascem com ela, fingem esquecer, arrumam as maiores confusões para ficar depois procurando por ela. Seria bem melhor cuidar para que ela não se lhes escapasse por entre os dedos, segundos, minutos, horas e dias de suas vidas.”
Ao me ver entrelaçando os dedos das mãos, abrindo e fechando os punhos, sorriu e disse.
“Jamais feche as mãos! Deixe-as sempre abertas, para que possam lhe dar da vida a vida, e enviar feixes de luz!”
Antonio Jorge Rettenmaier, Cronista, Escritor e Palestrante. Esta crônica está em mais de cem jornais impressos e eletrônicos no Brasil e exterior. Contatos, ajrs010@gmail.com