A SALA DOS DEUSES
A Sala dos “deuses”
Luiz Pádua
Na seqüência em que avançamos neste mundo, cada vez mais vai se tornando quase impossível que, um dia possamos a vir ser contemplados pela justiça a que fazemos jus, através dos dignos mandatários da nação. Afinal, se todos nós somos filhos de Deus, então somos todos irmãos e irmãos não deviam subtrair vantagens de outro irmão; é assim que temos que conviver neste mundo com os nossos semelhantes.
Entretanto, há uma diferença entre conviver com justiça e conviver sob o jugo dos poderosos que se divertem na tarefa de subjugar os mais fracos.
Uma explicação razoável para esse fato consagrado, não é tão difícil, e ao chegar na tentativa de esmiuçar o porquê desse fenômeno, chegamos às variadas formas de entender o lógico, não muito lógico para que tais fatores negativos aconteçam.
As explicações são enigmáticas, haja vista não encontrarmos nenhuma lógica razoável que justifique os fatores restritivos impostos a alguns filhos de Deus deste mundo, restando-nos tão somente a certeza da existência de um simples fato, para ser uma realidade incontestável e realista.
Neste contexto, a lógica e o direito acabam sucumbindo diante de argumentos esdrúxulos, sem razão alguma para justificar uma exposição sucinta.
A sala dos “grandes” onde tudo é planificado entre eles é uma sala sagrada, onde impera a “lei dos Três Mosqueteiros”, um por todos e todos por um. Razão pela qual, ali ninguém fala, ninguém ouve e “ninguém sabe de nada”, tampouco o “Grande Chefe” sabe, ou viu alguma coisa.
Não temos opção para divergências, somos obrigados a aceitar as suas vontades ideológicas e fazer de conta que tudo está dentro dos conformes, sim senhor.
Afinal, todos ali são “deuses”.