EVOLUÇÃO...
Tenho pensado na evolução do mundo. Chego até questionar-me sobre sua importância. O homem tem lutado mais, apesar das facilidades. Mas a que preço? Iludiram-se pensando que ser alguém é possuir máquinas, carros potentes, coberturas luxuosas, contas recheadas, computador, Internet. E depois de tudo ainda encontrou um grande inimigo: o estresse.
Antes ele ignorava muitas coisas, apesar de sua inteligência. Seu mundo era como que camuflado pela inocência, o conformismo, apesar da ditadura familiar e política. E até hoje me pergunto se essa inocência não era um estado natural daquela época. E o conformismo algo tão natural como se fosse correto aceitar seus ciclos sem reclamar. A vida era natural nos seus mais profundos mistérios. Os adultos eram inocentes, os velhos eram inocentes, apesar da bagagem de sabedoria que carregavam nas costas.
Mas o ser humano é um insatisfeito e o seu conformismo tem um limite. Antes a evolução do homem era lenta. Levava-se décadas para descobrir novo invento. Hoje a evolução, principalmente a tecnológica, tem passos apressados. O homem já não consegue acompanhar sua própria inteligência e os valores que mudam dependendo da necessidade.
Menina ainda ouvi falar dos jovens que se rebelaram na década de setenta contra todos os tabus e todas as ditaduras. Mas tenho a vaga impressão que os adultos também se rebelaram nessa época, embora discretamente, deixando o conformismo de lado. Mudaram-se os valores. Os valores da família. Os conceitos de viver. Será que valeu a pena?
De repente nos vimos sufocados em nossa própria armadilha. Para sobreviver passamos por cima dos valores, da inocência. Numa guerra sem causa eu me pergunto se vencemos ou se venceremos. Às vezes chego a pensar que nos tornamos vítimas de nossas próprias atitudes tirando o véu da inocência que cobria nossas crianças, nossos jovens, nossos velhos.
É certo que muitas mudanças nos trouxeram bem estar. Mas apesar disso, o que vemos? A dignidade perdida. A família desestruturada. Sexo sem limites. Balas perdidas. Homens de bem presos em suas casas. Guerras de traficantes. Violência. E a natureza que se esvai aos poucos deixando suas tragédias pelo caminho.
Hoje eu sinto saudade de meu tempo de menina, quando me deparo com as faces da evolução. Sou saudosista sim, que importa? Embora saiba que o tempo jamais voltará atrás e que precisamos acompanhar a evolução para não corrermos o risco de se perder em nossa própria história. É até uma questão de sobrevivência. E já era assim desde a antiguidade. Só que ainda havia o véu da pureza.
Mas infelizmente o véu da pureza foi rasgado. Achovalhado pela evolução do próprio homem. Nada conseguirá detê-la e cobrir a nudez exposta. Nada mais limitará a mente humana. Ainda que sofra... Ainda que a realidade o machuque. Ainda que se transforme em máquinas, se já não somos.
Resta-nos, então viver essa comédia contemporânea. Porque não dizer uma tragédia contemporânea? Sem a inocência dos velhos tempos, sem a sabedoria da alma. Sem o calor humano. E como um reles ator, no palco da vida, sonhar com as estrelas e subir pisando naqueles que se encontram no caminho.
Tenho pensado na evolução do mundo. Chego até questionar-me sobre sua importância. O homem tem lutado mais, apesar das facilidades. Mas a que preço? Iludiram-se pensando que ser alguém é possuir máquinas, carros potentes, coberturas luxuosas, contas recheadas, computador, Internet. E depois de tudo ainda encontrou um grande inimigo: o estresse.
Antes ele ignorava muitas coisas, apesar de sua inteligência. Seu mundo era como que camuflado pela inocência, o conformismo, apesar da ditadura familiar e política. E até hoje me pergunto se essa inocência não era um estado natural daquela época. E o conformismo algo tão natural como se fosse correto aceitar seus ciclos sem reclamar. A vida era natural nos seus mais profundos mistérios. Os adultos eram inocentes, os velhos eram inocentes, apesar da bagagem de sabedoria que carregavam nas costas.
Mas o ser humano é um insatisfeito e o seu conformismo tem um limite. Antes a evolução do homem era lenta. Levava-se décadas para descobrir novo invento. Hoje a evolução, principalmente a tecnológica, tem passos apressados. O homem já não consegue acompanhar sua própria inteligência e os valores que mudam dependendo da necessidade.
Menina ainda ouvi falar dos jovens que se rebelaram na década de setenta contra todos os tabus e todas as ditaduras. Mas tenho a vaga impressão que os adultos também se rebelaram nessa época, embora discretamente, deixando o conformismo de lado. Mudaram-se os valores. Os valores da família. Os conceitos de viver. Será que valeu a pena?
De repente nos vimos sufocados em nossa própria armadilha. Para sobreviver passamos por cima dos valores, da inocência. Numa guerra sem causa eu me pergunto se vencemos ou se venceremos. Às vezes chego a pensar que nos tornamos vítimas de nossas próprias atitudes tirando o véu da inocência que cobria nossas crianças, nossos jovens, nossos velhos.
É certo que muitas mudanças nos trouxeram bem estar. Mas apesar disso, o que vemos? A dignidade perdida. A família desestruturada. Sexo sem limites. Balas perdidas. Homens de bem presos em suas casas. Guerras de traficantes. Violência. E a natureza que se esvai aos poucos deixando suas tragédias pelo caminho.
Hoje eu sinto saudade de meu tempo de menina, quando me deparo com as faces da evolução. Sou saudosista sim, que importa? Embora saiba que o tempo jamais voltará atrás e que precisamos acompanhar a evolução para não corrermos o risco de se perder em nossa própria história. É até uma questão de sobrevivência. E já era assim desde a antiguidade. Só que ainda havia o véu da pureza.
Mas infelizmente o véu da pureza foi rasgado. Achovalhado pela evolução do próprio homem. Nada conseguirá detê-la e cobrir a nudez exposta. Nada mais limitará a mente humana. Ainda que sofra... Ainda que a realidade o machuque. Ainda que se transforme em máquinas, se já não somos.
Resta-nos, então viver essa comédia contemporânea. Porque não dizer uma tragédia contemporânea? Sem a inocência dos velhos tempos, sem a sabedoria da alma. Sem o calor humano. E como um reles ator, no palco da vida, sonhar com as estrelas e subir pisando naqueles que se encontram no caminho.