Quem com ferro fere, com ferro está ferrado: Bastidores de um rodeio.
Lembro-me bem do último rodeio realizado em Araguaína-TO (capital do boi gordo?). Disfarçado de repórter, novamente, espreitei os bastidores do rodeio na tentativa de descobrir os detalhes e pormenores acerca dessa prática e ver se procedem as informações de que os pobres dos animais (estou falando dos ruminantes!!!) sofrem algum tipo de tortura física...
Aí descobri uma série de coisas.
Dos detalhes que mais me chamaram a atenção, ficaram marcados os momentos que precedem à entrada do touro na arena, que são os momentos de preparação. O coitado tem as partes baixas apertadas por uma tira de couro, enquanto o fiscal do rodeio chama a mãe dele de vaca, diz que a esposa dele é uma vaca, diz que o salário vai atrasar, que o coitado não terá as férias tão sonhadas e que não vai receber o 13° salário no final do ano. Fora estes detalhes, o vaqueiro ainda monta nele com uma espora afiada. Alucinado e completamente furioso, a única saída é pular o máximo que conseguir para derrubar o sem vergonha que o está montando para aplicar-lhe umas boas chifradas.
Estes, meus caros leitores, são os detalhes do rodeio que não se consegue captar sem uma minuciosa análise. Esta é uma prática que deveria ser combatida, afinal, todos nós um dia poderemos ser touros (com trocadilho, por favor). Como dizia minha avó: "Chifre não existe. É só uma coisa que botaram na sua cabeça...". Ou seria, "mais vale dois touros num curral do que um atrás de você"... ?!?