A FOTO

Telefone fixo, telefone móvel, internet, são meios de comunicação que ajudam muito quem tem entes queridos que vivem distantes. Mas, nada substitui o olho no olho, o abraço apertado. 
Desde que meu filho foi viver em outro país, tenho me cercado de todos os meios de comunicação que existe. Mas, a saudade não abandona seu posto, que fica bem dentro da minha alma.
Toda manhã (sem falhar nenhuma) meu filho envia uma foto dele, para minha caixa postal. Junto com ela vem a frase costumeira: "Amo muito vc, Mami". 
Também é certo que toda vez que o vejo na foto, me emociono, muitos dias até as lágrimas.
Bom poder vê-lo indo para o trabalho, ver a roupa que está usando.  Analisar com olhar de mãe, se ele está se cuidando. Olho inúmeras vezes o retrato diário que me chega pelo e-mail. E certo é que a saudade é minimizada um pouco. Mas, só um pouco.
A tecnologia encurtou distâncias, fez as notícias chegaram quase instantaneamente junto com os fatos. Mas, ela é inócua quando se trata de saudade.
Penso que, a saudade que sinto, aprendeu acomodar-se dentro do meu coração, creio que ela construiu uma caixa, e todos os dias, ali arquiva toda falta que sente daqueles que amo e estão distante dos olhos, mas nunca do coração. 
Ah, hoje avaliou o quanto de saudade sentiram os meus antepassados que ficaram na Itália, vendo seus filhos partirem para o Brasil, sem saber se os veriam novamente. Sem contar que uma carta levava meses para chegar com notícias. 
Ontem, pelo MSN, meu filho deu a maravilhosa notícia: "Mami, a passagem já está marcada estaremos aí, para o aniversário do Papi". Meu coração bateu mais forte, e minha alma cantou.

(Foto; arquivo pessoal)


Lenapena
Enviado por Lenapena em 23/03/2013
Reeditado em 23/03/2013
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