VIOLÊNCIA: A Culpa é de todos

Não se trata de nenhuma novidade o assunto aqui descrito. Na verdade, apenas mais um entre tantos desabafos sobre o mesma tema. Quanto mais vivo, mais acredito que "a vida dá a cada um segundo as suas obras". A sociedade vive um momento culminante na questão insegurança pública, onde a criminalidade já tornou-se "banalidade". O fato é que ninguém quer assumir essa culpa, e os verdadeiros culpados acham mais cômodo culpar os governantes, a polícia, a escola, o vizinho. Sabe-se que o papel da polícia realmente é agir diretamente na ordem pública e garantir a aplicação das leis, e por estar mais diretamente envolvida nesse combate entre o homem de bem e o criminoso, taxativamente é vista como a maior responsável pelo caos na segurança pública. Como agravante, a mídia nem sempre cumpre sua função original de informar e formar opiniões de forma imparcial, e passa a induzir a população de forma equivocada, gerando um ciclo vicioso, onde a sociedade se esquece de que a raiz do problema está basicamente dentro de suas próprias casas. Basta fazer uma análise (superficial mesmo) para constatar que esse mal do século tem início na educação, desde a mais tenra idade, e que se todas as famílias se comprometessem em educar homens íntegros, independente de classe social, não teríamos tantos pais chorando na porta de delegacias e presídios. Digo independente de classe social porque aprender e ensinar valores morais não depende de sua conta bancária ou de sua profissão - e isso é outra constatação, caso contrário não teríamos tantos crimes de "colarinho branco" e em contrapartida tantas pessoas pobres porém dignas e trabalhadoras. As autoridades governantes realmente têm sua grande parcela de culpa, e podemos simplesmente continuar a culpar o Governo - mas quem elege nossos representantes?

Enquanto a sociedade de uma forma geral não se conscientizar verdadeiramente que educação não se aprende apenas na escola e que o exemplo vem de si mesmo, viveremos esse contrassenso. E em uma questão onde ninguém assume a culpa, pouco ou nada resolve-se.