Alice e o Chapeleiro
O chapeleiro maluco fez com que Alice entendesse ainda menos o que acontecia ao seu redor, todos aquelas coisas que não faziam sentido.
Eram tempestades gigantes, flores enormes, amores impossíveis, sentir-se grande e depois diminuído, era realmente coisa de maluco.
Alice tinhas as fantasias mais bizarras no mundo que o chapeleiro vivia, lá, pequenos problemas viravam dragões de 7 cabeças, e grandes temporais transformavam-se em pequenas garoas. Mas apesar desse mundo não fazer sentido algum para Alice, era lá que ela sentia liberdade. Uma liberdade jamais conhecida no mundo real.
"A felicidade está onde podemos fazer o que quisermos, sem regras e deveres", Dizia o Chapeleiro a Alice. E apesar de sua logica não ser cabível em seu mundo, Alice tinha que dar o braço a torcer e reconhecer que era bem melhor ver flores gigantes cantando do que mortes e mazelas politicas pela televisão.
Para ela, o mundo palpável deveria ser um lugar onde as coisas fizessem sentido, fossem certas. Mas conforme crescia, descobria que haviam coisas que não faziam sentido nenhum, como por exemplo, pessoas ricas que dão o pernil para o cachorro enquanto pessoas morrem de fome.
E era exatamente isso que Alice não entendia no mundo do chapeleiro, pois o que ele dizia parecia ser a coisa mais fácil do mundo de se fazer no mundo real. Ele dizia: - Por que no seu mundo você não pode ser quem quiser? Fazer o bem a qualquer um? Por que no seu mundo as pessoas brigam por dinheiro, por terra, etc.? Alice pensava e respondia:
- Porque a educação custa caro; porque as pessoas querem sempre mais; porque...
-Ah, Alice, o seu mundo é um saco! Não tem graça nenhuma!
Alice então começava a entender o que o Chapeleiro queria dizer.
-Você tem razão chapeleiro! Até você, sendo maluco como é, consegue ser mais feliz no seu mundo de utopias, do que eu, sã, aqui no mundo real.