DIRETO AO TEXTO
Talvez tenha sido necessária a renúncia de um para o surgimento e aceitação do outro. Um, sem afastar-se da Luz e movido pela fé, procurou a sombra e nela refugiou-se para a silenciosa e discreta meditação. Outro, atraído pela mesma Luz, e emergindo da sagrada e discreta sombra, chegou à claridade. Dois gestos convergiram para o mesmo fim por força de quem os moveu e, por Ele, ambos disseram, dizem e nos ensinam a dizer: “É preciso que eu diminua para que o outro cresça”.
Providencial e necessário, se não para o renascimento, mas para um novo olhar a uma antiga evangelização que se renova: a franciscana que, ao imitar Cristo, é jesuíta.
Se a catequese jesuíta teve no Brasil a figura de Padre Antônio Vieira como o seu maior pregador e o mais célebre orador sacro, o período em que ele aqui esteve deixou para a história da literatura brasileira o maior representante da prosa barroca. É por ambos os aspectos, o religioso e o literário, que a prosa o notabilizou nos sermões que devemos lê-los e estudá-los. A profundidade espiritual da doutrina integralmente baseada no Evangelho; o estilo caracterizador da prosa rebuscada com a interminável antítese reveladora do homem em conflito consigo mesmo e com o mundo, trazem à prosa barroca o cultismo e o conceptismo. O culto à linguagem de conceitos, a fazer uso do silogismo e da pormenorizada exemplificação metafórica. A prosa é a vertente imorredoura onde a palavra, sal da terra, salga as águas.
Quem sabe sejam esses os dois caminhos (re) descobertos que levem fieis leitores de qualquer credo a uma caminhada definitiva à verdadeira evangelização transformadora. Que esse (re) conhecimento ao trabalho dos jesuítas e à obra de Vieira suscite a imitação de Cristo, fazendo frutificar a palavra d’Ele numa simplicidade franciscana a começar pela leitura do Sermão da Sexagésima, indispensável obra de valor espiritual e literário.
________
Talvez tenha sido necessária a renúncia de um para o surgimento e aceitação do outro. Um, sem afastar-se da Luz e movido pela fé, procurou a sombra e nela refugiou-se para a silenciosa e discreta meditação. Outro, atraído pela mesma Luz, e emergindo da sagrada e discreta sombra, chegou à claridade. Dois gestos convergiram para o mesmo fim por força de quem os moveu e, por Ele, ambos disseram, dizem e nos ensinam a dizer: “É preciso que eu diminua para que o outro cresça”.
Providencial e necessário, se não para o renascimento, mas para um novo olhar a uma antiga evangelização que se renova: a franciscana que, ao imitar Cristo, é jesuíta.
Se a catequese jesuíta teve no Brasil a figura de Padre Antônio Vieira como o seu maior pregador e o mais célebre orador sacro, o período em que ele aqui esteve deixou para a história da literatura brasileira o maior representante da prosa barroca. É por ambos os aspectos, o religioso e o literário, que a prosa o notabilizou nos sermões que devemos lê-los e estudá-los. A profundidade espiritual da doutrina integralmente baseada no Evangelho; o estilo caracterizador da prosa rebuscada com a interminável antítese reveladora do homem em conflito consigo mesmo e com o mundo, trazem à prosa barroca o cultismo e o conceptismo. O culto à linguagem de conceitos, a fazer uso do silogismo e da pormenorizada exemplificação metafórica. A prosa é a vertente imorredoura onde a palavra, sal da terra, salga as águas.
Quem sabe sejam esses os dois caminhos (re) descobertos que levem fieis leitores de qualquer credo a uma caminhada definitiva à verdadeira evangelização transformadora. Que esse (re) conhecimento ao trabalho dos jesuítas e à obra de Vieira suscite a imitação de Cristo, fazendo frutificar a palavra d’Ele numa simplicidade franciscana a começar pela leitura do Sermão da Sexagésima, indispensável obra de valor espiritual e literário.
________