O Mercador de Sonhos e o Vendedor de Ilusões
O Mercador de Sonhos e O Vendedor de Ilusões
Os sonhos são a extensão de nossa vida para além da nossa compreensão. Os nossos sonhos são a nossa vontade oculta que se revela a nós como imagens de um filme que nós não pedimos para atuar, exceto por nossos desejos ocultos.
É constante a necessidade da tentativa de compreendermos os sonhos, mas é preciso que nos lembremos de uma figura que existe no imaginário complexo da inexistência: o Mercador de Sonhos.
O Mercador de Sonhos é a representação dos nossos bons desejos, se assim os pudermos classificar, com o qual “negociamos” os sonhos que acreditamos nos fazer bem, ou sentirmos uma sensação de alegria e gana por situações que almejamos.
Aqueles sonhos que dizemos terem sidos bons e que até gostaríamos de tornar a sonhá-los, aquelas situações fantásticas do nosso imaginário criativo enquanto estamos em sono profundo, esses bons momentos que o insone não desfruta é conseqüência da existência do Mercador de Sonhos!
Sabe aquelas flores? Sim, as rosas.
As rosas são uma incógnita – ou não, mas o que importa é a analogia, pois como sendo tão belas e perfumadas também pode carregas espinhos? Não sei a resposta, entretanto, como as rosas os sonhos são e os espinhos, ilusão.
Vez por outra nos aparece um vendedor, nos oferecendo situações, seja em sono ou não. É o Vendedor de Ilusões que quer se apropriar de nossa “existência imaginária”, pois nos propõe realizações impossíveis de serem alcançadas, mas com as quais acabamos por nos deixar convencer e como que moscas, muitas vezes caímos na teia da inconsciência.
O Vendedor de Ilusões representa os nossos desejos impróprios, aqueles que não podemos alimentar, pois tais desejos nos corrompem e nos pode até dilacerar a nossa existência, dentro e fora do imaginário, em sono ou acordados.
As ilusões são propostas a nós de modo a que nos desliguemos dos nossos sonhos e, caso façamos a aquisição inadequada, o nosso sono jamais será tranqüilo e a nossa vida se tornará um vazio existencial, sem o imaginário, sem os sonhos e sem graça!
(Santana, Silvio S. Vidal, o Bicho Semiótico – 21/03/2013)