NEM CARTA, NEM CRÔNICA - NO MEIO

Faz um tempinho que não escrevo. Os meus amigos também não (parece que estamos em pontos isolados do planeta). Não sei se estão recebendo os meus escritos (ou fazem descaso dos meus escritos), mas como sei que, às vezes, lêem e nada dizem, retomei a escrita.

Esta semana, apensar de tantos serviços para serem feitos (no meu caso corrigir redações, diários, comentários de livros), resolvi abrir o meu MSN (que instalei há poucos dias) e espairecer um pouco, e é claro, conversar com os amigos on-line – e estranhos também, pois podem tornar-se amigos.

Voltando ao MSN, uma ‘lady’ a conversar. Conversa vai, conversa vem, questiono-a se gosta ou não de ler.Disse que sim. Passei a minha humilde ‘home page’ e, imediatamente ela abriu e disse que estava a ler. Indiquei algumas crônicas que gosto, entre elas, a “A alça do sutiã”. Ela leu e disse que tinha gostado.

Continuamos a conversar e, não sei como (não lembro), brinquei: “Psiu, use-o direitinho porque se eu a encontrar na rua com as alças viras...” – ela respondeu dizendo que com ela não tinha esse problema. Curioso, eu quis saber o porquê, no que completou: “Eu uso sem as alças ou não uso.” Eu, mais curioso ainda, abelhudo, insisti em saber o porquê de não usar. Chateou-me dizendo: “Menino, eu não tenho liberdade para comentar isso com você.” Senti-me no chão, pedi mil desculpas – ela estava no direito dela. A conversa, caro leitor, prosseguiu e eu continuei desconfiado da pessoa ser de algum meio literário/acadêmico, ou alguém que gosta de ler, de escrever (conhecia vários autores...).

A nossa conversa fluiu por mais tempo até que visualizei os textos da mesma num ‘site’ da net – inclusive com a foto dela. Comecei a observar a ‘loirona’.

Neste entre meio também estava conversando com outros amigos. Depois de um tempinho de raciocínio (preto no branco, pois mentalmente já tinha chegado a essa conclusão) – sou loiro, meio lento – somados ambos (minha mentalização e a foto de minha ‘nova amiga’), concluí: terei que reformular a minha crônica “A alça do sutiã” – e sabe por quê? Imaginaram? Se não imaginaram vou dizer. Mas antes um comentário que faço no parágrafo seguinte.

Por que será que algumas mulheres sentem vergonha de dizer sobre si, sobre o seu corpo? São todas lindas! Perfeitas diante do Criador. Mas sempre acham que os seios são pequenos (ou grandes demais), que apontam para os lados (ou para dentro, se encontrando) ou... e mais outros tantos ‘ous’! Isso não importa, isso é matéria! (Com o homem acontece a mesma coisa: medo de dizer que o seu pênis é pequeno (ou exagerado), que é fino (ou grosso demais...), etc. e tal. O que vale é o que somos no nosso interior, na nossa alma!

E, na escola sempre comento que ter zelo ao se arrumar faz bem. Inclusive peço para lerem essa crônica, mas como penso em reformulá-la a partir da fala da minha colega: não usar alças – não sei se poderei pedir que a leiam mais. Pensando bem, não vou ter o trabalho de reformulá-la... e sabe por quê? Porque as que não usam alças, creio eu, não faz falta alguma, pois possuem seios pequenos, sem muito peso...

Já disse muito hoje. Faço ponto a seguir e cada um tire a conclusão melhor sobre o uso da alça do sutiã. Eu já tirei a minha: não usam a alça por terem seios pequenos – não pesam; por usarem uma roupa tomara-que-caia (e que caia mesmo!); porque querem senti-los livres, leves e soltos – e que a lei da grávida que se dane! Retomando o assunto: creio que já imaginaram, nem preciso responder – não é mesmo?

15 de março de 2007.

Prof Pece
Enviado por Prof Pece em 20/03/2007
Código do texto: T420065