Meu Downzinho
Escrevo esta pequena crônica muito mais com o coração, ou só, do que com a minha caneta. E digo a vocês por quê: amanhã, dia 21 março, comemora-se, em todo o mundo, o Dia do Down, e o meu neto é Down.
Quero, pois, que esta página, que escrevo olhando pro Davi, seja tão terna, tão doce como são os portadores da síndrome.
Davi Jucá, 8 anos, é o Down mais lindo do planeta Terra, afastados, claro, os exageros deste avô coruja.
Acompanho-o, com indisfarçável ternura, desde o dia do seu nascimento, 13 de julho de 2004, na Maternidade Perinatal, em Laranjeiras, Rio de Janeiro.
A síndrome marcou-lhe o rostinho; mas lhe deu alma e coração boníssimos, traduzido, a todo instante, na generosidade do seu sorriso; além de premiá-lo com uma inteligência que conquista e surpreende.
Diria, que até nos seus momentos de mau-humor ele é alegre. Alegria que contagia ; que encanta.
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Palmas demoradas para dois iluminados cientistas que estudaram a síndrome, e, com suas pesquisas e teses, facilitaram a vida e o acompanhamento dos Downs.
São eles: o médico inglês John Langdon Down (1862), e o pediatra francês Jerôme Jean Louis Marie Lejeune. A Humanidade lhes agradece; todos os dias.
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Eu e o Davi - que, como viram, ajudou-me a rabiscar esta croniqueta anã -, mandamos um fraterno e afetuoso abraço para os portadores da síndrome.
Que eles curtam a data, dando uma solene banana pra todos aqueles que ainda alimentam o descabido preconceito contra os Downs.
Nota: Na foto, o sorriso do Davi, aluno do colégio Marista em Vila Velha, Espírito Santo.