HABEMOS PAPAM - FRANCISCO O RESTAURADOR - VAI E E RECONSTRÓI A MINHA IGREJA

Eis que o dia 13 de março de 2013, o mundo recebe a notícia que mais de um bilhão de pessoas esperavam através de uma única frase: “Habemos Papam”. Finalmente o mundo iria conhecer o novo mandatário da igreja católica apostólica romana. Mandatário? Em poucos minutos o que se verificou é que a palavra mandatário não seria aplicado ao escolhido no seu sentido estrito. Ele com certeza irá administrar não apenas a igreja como também o Estado do Vaticano, mas não é um novo mandatário. E quase oitocentos anos separam um Francisco, o de Assis de outro Francisco, o argentino, o latino americano, o jesuíta, aquele que veio para reconstruir a igreja imersa em crises, em escândalos, em pecados, em ausência de Deus e de amor. No primeiro momento em vez de esperar as pessoas se curvarem para reconhecer a sua autoridade, ele se antecipa e curva-se diante da multidão para pedir a sua benção. Uma dignidade como poucas vezes se viu nos últimos tempos. Relembrava o carisma de João Paulo II com a Inteligência de Bento XVI. E mostrou logo a que veio, para subverter a ordem. Lembra o outro Francisco, o de Assis que subverteu os valores da época renunciando os bens materiais que tinha e chocando a sociedade Italiana do século XII a ponto de ficar nu em plena praça pública. Lembrou o Francisco, de Assis no momento de curvar-se diante da multidão como aquele primeiro que curvado diante do crucifixo da pequena igreja de São Damião ouviu o chamado: Francisco vai e reconstrói a minha igreja. A surpresa da escolha, do momento inicial de se conhecer o novo papa deu lugar a uma admiração espontânea como poucas vezes se viu na história da igreja com seus quase dois mil anos de existência. Eis que vem um novo Francisco, para ser o sucessor de Pedro, de quem o próprio Jesus afirmou: eis que de agora em diante você será pescador de homens. Um homem que assim como o primeiro Francisco deixa seu nome de batismo de lado para adotar um outro nome, uma outra identidade. Assim como aquele do século XII renuncia os privilégios, os valores do mundo, as riquezas, os bens materiais, para se dedicar aos mais pobres, aos mais necessitados e aqueles que foram excluídos do convívio social e para os quais o próprio Jesus veio resgatando-lhes a dignidade e a condição de filhos de Deus: Eis que não serão mais considerados servos, mas herdeiros. E que grande exemplo nos propõe o Papa Francisco. Imaginem se todos os governantes tivessem a humildade de curvar-se diante daqueles que os elegeram? Se todos os mandatários reconhecem a sua condição de servos do povo? O Papa Francisco veio para reconstruir a Igreja, mas com certeza a sua missão se estende em também contribuir para que a sociedade seja reconstruída resgatando o que ela tem de mais valioso: a sua condição de filhos e filhas de Deus. Habemos Papam. E que ele seja aquele que veio para reconstruir, revigorar, renovar, restaurar não apenas o mundo católico, mas todos os homens que entendem que o lema Paz e Bem não é apenas um lema, mas um modelo de vida que nos aproxima do Divino.