SER BURO É MELHOR DO QUE SER NERD!

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(nota mil nas provas erradas do Enem)

A educação no Brasil não é levada a sério!

Mais do que vidas humanas perdidas, os soterramentos registradas na Região Sudeste ou a seca na Região Nordeste, parece que soterraram ou secaram os últimos resquícios que restavam de decência e moral dos “intelectuais” do MEC que insistem em defender os erros gramaticais do ENEM. Mesmo com conjugação verbal, tempo e frases inteiramente equivocadas e até uma receita de como se preparar macarrão instantâneo, como se fosse uma prova de culinária e não uma para o ingresso em faculdades, medindo intelectualidade dos alunos todas mereceram nota máxima. Incrível!

No dia 15/11/2011, escrevi e publiquei a crônica “NOIS FALA ASSIM POR QUE NOIS QUER, MAIS QUE NOIS SABE, NOIS SABE!”, na qual criticava a distribuição de cartilhas com erros gramaticais, também defendidos pelos intelectuais do MEC, que diziam que não se deveria levar em conta apenas os gravíssimos erros, mas contexto do livro. Erro é erro! Desejava não mais escrever sobre o assunto, mas diante dos absurdos cometidos e aceitos em uma prova considerada como séria, tive que voltar ao tema, porque parece que a educação, leitura e o saber foram completamente separados e não andam “pari passu”. Os erros sempre são defendidos pelos “intelectuais” do Governo e criticados, duramente pelos “intelectuais” que estão fora do Governo, mesmo sem os primeiros terem argumentos plausíveis! Recordo-me de uma professora de história geral do Colégio Estadual do Amazonas, chamada pelos alunos de “casa de tintas” (loja tradicional, do fim dos anos 70/80) de tão maquiada e produzida que ela andava. Pois bem, descobri que a professora não lia toda a prova; só a introdução e a conclusão e dava dez para todos que tivessem iniciado e concluído bem seus trabalhos e espalhei para toda a turma e, devido a isso, sempre era “gentilmente convidado” a me retirar da sala e fiquei quase um semestre inteiro sem poder assistir as aulas e, o pouco que assistia, o fazia escorado na parede do corredor só copiando os temas das aulas para lê-los em casa depois. Um dia, a “casa das tintas”, ou seja, a professora de história geral convidou-me para uma prova e pediu redação sobre a Revolução Francesa, assunto do qual sempre gostava e dominava. Comecei escrevendo que a “Revolução Francesa” fora o nome dado ao conjunto de acontecimentos ocorridos na França, entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro de 1979, alterando completamente a vida, os costumes e os quadros político e social da época, concluindo que seu final se deu com novos eventos como a Convocação dos Estados Gerais, seguido da Queda da Bastilha e o golpe de Estado do 18 brumário, de Napoleão Bonaparte, que derrubara o regime monárquico. Como tinha certeza que a professora “casa das tintas” só lia a introdução e a conclusão das provas ganhei nota 10, sem merecer e fiquei me gabando. mostrando que no meio, havia escrito letras completas de música de Roberto Carlos e ela não percebeu. Se tivesse lida toda a redação, eu ganharia um Zero bem grande!

Deve ter acontecido o mesmo na correção das provas do Enem que estão sendo apresentadas com nota mil, denunciadas pelos veículos de comunicação, apresentando os graves erros ortográficos e de concordância verbal que alguns alunos cometeram. Mesmo assim, todos os alunos receberam nota máxima dos professores, porque as corrigiram “dentro do contexto”. E o MEC ainda não sabe se aplicará outra prova aos alunos ou se manterá as correções e disponibilizará seus “intelectuais” para defendê-las publicamente, colocando as suas “inteligências inúteis” a serviço dos cargos que ocupam dentro do Ministério. O Manual do ENEM dizia que seriam avaliadas cinco competências na hora da correção, sendo que a primeira delas consideraria os erros de grafia e de concordância verbal que apresentassem “desvios graves”.

Permanecendo como estão as provas, os doutores em linguística Vilma Rocha Corrêa e Maria Luiz Monteiro Sales, que insistem em afirmar que “uma redação pode ser nota 1.000 mesmo apresentando erros em cada competência avaliada”, ficarão com um conceito muito mal perante seus colegas e talvez o único a ser punido seja o especialista em educação, Claudio de Moura Castro, que se contrapõe aos doutores e o especialista terminará sendo o único errado nesse imbróglio político-educacional medíocre e tacanho!

Ou será que apenas se repetiu o caso da professora “casa das tintas”, que não lia todas as provas e atribuía nota máxima aos alunos? Talvez, talvez!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 20/03/2013
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