teoria musical
Olho os pássaros a voar pelo céu, e tenho inveja, por que para eles a vida inteira é uma bela canção. E se quero ser como eles, é por que sei que nossa música interior caminha em palcos diferentes, sobre épocas em que nosso estilo é agitado, e outras, calmo. Ate que um dia, de repente, ouvimos uma sinfonia instrumental que ecoa em nossa alma. A teoria da relatividade diz que o tempo é relativo e que matéria se transforma em energia; então que teoria pode explicar a transformação que ocorre quando amamos? Por que quando nossa embarcação frágil se despedaça nas tempestades do amor, nosso tempo se confunde; nossa música agora é triste. A tristeza dobra a relatividade temporal. O que veio além da física, agora se transforma em energia e atinge nosso pobre corpo pior do que as colisões dos objetos celestes. A teoria me diz também que a luz das estrelas mais próximas viaja dois anos para que eu possa contemplar sua divindade. Mas fique atento, por que a qualquer momento uma nova estrela que nasceu há dois anos luz de distancia pode aparecer de repente no céu, ou desaparecerer
quando há uma morte. A presença viva é como um breve intervalo onde a luz aparece e depois se vai. Nos oceanos, algumas formas de vida desaparecem poucos segundos depois que nascem. Recordo de amores de outros tempos em que a luz era presente em todo momento, mas que por algum motivo, ela deixou-me em lugares escuros. Penso o que correlaciona isso com amantes que antes iluminados, agora devem viver na expectativa de uma nova luz brotar da imensidão do espaço.
Os astrônomos querem ir cada vez mais longe, bem como eu, que sei que minha estrela está lá em algum lugar mais distante do que minha imaginação pode alcançar.
Mas isso é só teoria, e como é natural, um dia será revogada; alguém mais inspirado que eu, encontrará uma combinação certa de notas que produzirá uma canção mais duradoura que a luz das estrelas, para que a física e o tempo não transforme em silencio.