Toda Vela Tem Seu Dia de Luz
Toda vela tem seu dia de luz, todo grito tem seu dia de sinfonia. Ser sincero como não se deve ser, deve ser uma das coisas mais difíceis de se experimentar, em quaisquer que seja a dose, nem sempre faz sentido, mas é uma (a)provação que todos temos que passar, antes que o sino toque e o momento simplesmente passe. Nem todos são corajosos ao ponto de escrever 123 anos de sinceridade numa folha cara a cara. Coragem, às vezes nunca, rima com pretensão.
Um texto pode ser lido de diversas formas, cada um põe o entendimento e significação necessária pra fazer tudo fluir, mas ás vezes eles tem endereço, tem sentido e simplesmente se perdem em caminhos, olhares, bytes, segundos, horas, momentos...
que por mais que queiram ser recuperados, são barrados por sinais que não foram percebidos, ou que nem mesmo existiram. 123 milênios de inexperiência, que tornaram sapiência tudo aquilo que nos cerca.
Mas tudo isso é pano pra colcha de retalhos, que estamos tentando tecer, afinação pra instrumentos que vão fazer aquela sinfonia do início, a melodia, sempre com um pé atrás e outro nas nuvens. Por que sentido, nem sempre é aplicável na matemática da vida. Mudar pra não mudar, seguir viagem pra se manter firme, a dualidade das coisas que impede que o que tem que ser dito permaneça à deriva, seja por timidez, falta de palavras, falta de um olhar pra nos guiar até o fim da viagem.
Sou um deles, talvez você seja, talvez a gente se encontre por aí, e se nos encontrarmos, espero que aconteça o mais breve possível por que aproveitei cada segundo da tua companhia, cada sorriso trocado, cada palavra deslizada ao vento esperando chegar ao teu ouvido num sincero sussurro.
Com um fone de ouvido, a mensagem faz mais sentido quando cantam o que sentimos, o que não expressamos, e que torcemos e lutamos pra deixar transparecer, até que enfim elas encontrem a direção certa, pra quaisquer que sejam seus rumos.