POR FORA DO CASAMENTO POR DENTRO DA VIDA
Quando o casamento vai mal das pernas alguns sinais podem ser notados amiúdes pelos cantos. O desinteresse fatiga o relacionamento e, aos poucos, cai por terra como um viaduto. Se na sua casa existirem “francesinhas” nome comum que se dá àquelas baratinhas indesejáveis, voce pode ficar alerta porque seu casamento está em rota de colisão, perto de um grave acidente por mudança de percurso.
As francesinhas roem seu casamento como se fosse pão doce, gelatina ou pudim de leite condensado, são atraídas pelo açúcar que sai do seu relacionamento, pelos doces dias do início da paixão, pelo mel do sexo que vai se afastando da sua cama e até o adoçante é consumido nas noites de indiferença e tristeza.
A falência do casamento muitas vezes é motivo de prosperidade nos botequins, lugar extensivo de escritórios, lojas e fábricas. Salões de cabeleireiros e shopping center também prosperam muito com a decadência matrimonial. Grande parcela da população que freqüenta lugares públicos o faz para fugir da companhia de alguém, geralmente do cônjuge.
Há soluções que podem esticar a relação fazendo-a durar por mais um tempo com menos depressão e dor. Tem casal que passa a cuidar de animais como se fossem pessoas da família, adotam gatos e cães, viram defensores do mundo animal, literalmente, com “unhas e dentes”; o mundo das patas substitui o dos pés e mãos. Devotam-se ao bem estar dos bichos para suprir a falta de amor e de carinho em suas vidas.
O celibato e as religiões também podem servir de escape para a carência de afeto. A pessoa volta-se para as coisas impalpáveis porque já não sabe onde colocar as mãos ou para o que elas servem além de enxugar lágrimas e benzer. O mundo invisível além de ser “perfeito” preenche o coração de sentimentos bons e afasta da cabeça os “maus” pensamentos como: amar, ser desejado e viver um tórrido romance, romper com os frágeis laços matrimoniais para ser feliz na plenitude de todos os sentidos.
Ricardo Mezavila